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Movimentos involuntários do corpo: quando se preocupar com eles? Podem ser evitados?

Neurocirurgião funcional tira dúvidas sobre o assunto, que pode surgir silenciosamente

Dr. Nêuton Magalhães é neurocirurgião funcional do Hospital Jayme da Fonte e do Neurodor - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

Não é muito comum quando as mãos, olhos ou braços de uma pessoa estão se mexendo sozinhos. O movimento involuntário do corpo requer atenção pelo fato de começar a agir na saúde de uma pessoa de forma silenciosa. A condição pode acarretar outros problemas, inclusive psicológicos, por acontecer sem que o paciente tenha domínio sobre os órgãos.

Existem alguns movimentos que podem ser prejudiciais à saúde do paciente acometido, levando-o, inclusive, a despertar alguns distúrbios, como a distonia, que, segundo o neurocirurgião funcional Nêuton Magalhães, do Hospital Jayme da Fonte e do Neurodor, não tem relação com o suar das mãos ou pés. O nome dado à esta situação é de hiperidrose.

O neurocirurgião funcional Nêuton Magalhães, do Hospital Jayme da Fonte e do Neurodor, explica sobre o assunto. Segundo ele, essa distonia não tem relação com o suar das mãos ou pés. O nome dado à esta situação é de hiperidrose.

“Existem vários tipos de movimentos anormais. Nós podemos ter, desde situações simples, como distonia, tiques, que são as contrações do corpo, tremores e parkinsionismos”, diz o especialista.

“A distonia é a contração de músculos agonistas e antagonistas ao mesmo tempo. Ou seja, a pessoa tenta fazer o movimento, mas não consegue fazer de forma adequada, porque, enquanto os músculos agonistas estão se contraindo, os antagonistas também estão fazendo esse movimento. Daí, a pessoa não consegue se controlar. Existe distonia do corpo, só de uma mão [cãibra do escrivão], cervical, generalizada, do tronco e outras várias formas”, explica ele.

Sem cura
Normalmente, os movimentos involuntários não têm cura. É possível apenas recorrer a tratamentos para conter o distúrbio. Existem causas secundárias, como o parkinsionismo, que podem ser tratadas com medicações. O uso prolongado de alguns tipos de remédios pode acarretar os movimentos prolongados.

“Se for identificada uma causa para aquela situação e essa causa for removida, é possível, sim, ter cura ou uma melhora significativa. No geral, os movimentos anormais são uma doença neurodegenerativa, que tem tratamento e possibilita a pessoa uma boa qualidade de vida”, complementa o especialista.

Cuidado com remédios
Magalhães aconselha que os pacientes também prestem atenção aos medicamentos que ingerem para determinados tratamentos. Segundo eles, remédios como Flunarizina, que serve para tontura, pode gerar parkinsionismo farmacológico e pode ser a motivação para o surgimento dos movimentos involuntários. Os pacientes que têm esse distúrbio precisam procurar um neurologista ou neurocirurgião para tratar do assunto.

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