Pé chato: Negligência na procura por especialista pode resultar em cirurgia

Ortopedista tira dúvidas sobre o assunto

O ortopedista Carlos Frederico, do Hospital Jayme da Fonte e da SOLB - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

A condição do pé chato também pode ser chamada de pé plano. Ela consiste na deformidade do arco dos pés, deixando-o mais baixo do que o normal. Mesmo sem resultar em problemas significativos, pode levar a sintomas notáveis que vão gerar desconfortos como dor nos pés, tornozelos, joelhos ou costas. Principalmente quando a pessoa passa longos períodos em pé ou caminhando.

De acordo com o ortopedista do Hospital Jayme da Fonte e da SOLB, Carlos Frederico, a doença afeta, na maioria, mulheres com idade acima dos 50 anos, por conta de desequilíbrio hormonal, resultando em alterações tendinosa e ligamentar. O especialista afirma ainda que a doença se divide em dois grupos: fisiológico e patológico.

“Os pacientes com pé plano fisiológico são aqueles que têm a condição desde o nascimento e não têm alterações, como limitação funcional ou problemas quanto a uso de sapatos. Já os pacientes patológicos têm essa limitação por causa de traumas ou lesões. Eles sofrem com perda de mobilidade, têm fortes dores e não conseguem praticar atividades físicas”, explica ele.

Quem tem casos leves pode praticar esportes?

Segundo Carlos, é possível que uma pessoa com esse problema pratique atividades físicas, mas, antes disso, ela precisa ser acompanhada por um ortopedista com especialidade em pé e tornozelo. A partir disso, o profissional vai avaliar a pisada do paciente para permitir os exercícios.
 

“Às vezes, é necessário usar tênis apropriado para prática de esportes ou palmilha. Mas tem que ser feito antes da prática. Senão, o paciente vai colocar o pé em risco, sobrecarregando as articulações, levando o desgaste precoce do membro”, argumenta ele.

Tratamento 

A procura por um médico pode evitar surgimento de sequelas, como, por exemplo, artrose prematura dos ossos do pé. Caso contrário, o tratamento pode ser mais complicado, havendo a necessidade de cirurgia.
 

“Quando surge essa artrose e esse desgaste do osso do pé, quando ele está muito torto, existe uma cirurgia chamada de artrodese, que seria um procedimento um pouco mais agressivo, que vai corrigir essa deformidade, mas pode resultar na perda de uma certa movimentação. Para casos mais leves, pode haver somente o uso de palmilhas ortopédicas”, frisa.

Prevenção

Ao notar os primeiros indícios da doença, o paciente precisa procurar um médico ortopedista. Assim, ele vai passar a praticar exercícios de fortalecimento específicos para o problema e evitar a progressão do pé chato.

“Esta é a principal dica para o paciente. Só assim, ele terá a oportunidade de saber o tratamento mais apropriado para a condição. Se você conhece alguém que tem esse pé, que está com uma deformidade cada vez mais progressiva, aconselhe a procurar um ortopedista especialista em pé e tornozelo. Talvez, o paciente tenha deformidade e dores. Quanto maior for a cirurgia mais lenta vai ser a recuperação”, finalizou.

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