Pólipos podem se desenvolver para um câncer? Entenda riscos e tratamento
Saiba quando pólipos devem despertar preocupação
Pólipos são pequenas formações anômalas de tecido que podem surgir em diversas partes do corpo, como no intestino, estômago, útero e nariz. Eles geralmente se desenvolvem nas mucosas, as camadas internas que revestem esses órgãos.
Embora muitos pólipos sejam benignos e assintomáticos, alguns podem evoluir para condições mais graves, como o câncer, dependendo de sua localização e características. Por isso, a detecção precoce e o acompanhamento médico são essenciais.
Segundo explica o oncologista Diogo Sales, do Hospital Jayme da Fonte, os pólipos podem ser detectados por meio de diversos exames, que variam de acordo com o órgão que está sendo investigado.
“Os pólipos intestinais são, na maioria das vezes, identificados através da colonoscopia, que avalia a parte interna da mucosa intestinal. Já para pólipos gástricos, o exame correto seria a endoscopia. Nos pólipos do endométrio, temos a ultrassom e a histeroscopia”, detalha o especialista.
Sinais
De acordo com o médico, a maioria dos pólipos aparece de forma assintomática. No entanto, nos casos em que os sintomas estão presentes, é possível sentir alterações na região afetada.
“Quando acontece no intestino, podem acontecer diarreia, constipação e sangramento. No endométrio, para as mulheres, pode ocorrer sangramento fora do período menstrual ou pós-menopausa. Na vesícula biliar, é possível a inflamação do órgão, provocando dor”, alerta Diogo Sales.
Apesar de relativamente comuns, a maioria dos pólipos é benigna e não tem o potencial de causar câncer. No entanto, segundo o especialista, em caso de suspeita, é sempre importante fazer a retirada dos focos durante os exames.
“Na maioria dos casos, os pólipos são diagnosticados e tratados pelo mesmo exame. Na colonoscopia é possível identificar a sua presença e também fazer a retirada através da polipectomia”, explica o médico.
Colonoscopia
O oncologista explica que a melhor forma de prevenção está no cuidado com os exames de rotina, entre eles, a colonoscopia. O procedimento acontece por meio de uma câmera inserida no cólon e é indicado para todos os pacientes acima de 45 anos como método de rastreio para o câncer de cólon.
“Cada vez mais cedo os pacientes estão recebendo diagnóstico de tumores intestinais e que a colonoscopia pode ajudar na detecção precoce. Antes, esse exame era indicado a partir dos 50 anos, hoje já é preciso fazer a partir dos 45. Essa é uma forma de rastreio importante e fundamental para prevenir câncer no futuro”, recomenda o especialista.
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