Protetor solar e camisa UV: o que realmente funciona para proteger a pele no verão?

Poliana Souza, dermatologista do Hospital Jayme da Fonte, fala sobre o assunto

Poliana Souza, dermatologista do Hospital Jayme da Fonte. - Walli Fontenele/Folha de Pernambuco

O verão chegou e, com ele, os dias mais longos, marcados pelo calor intenso. Época de ir à praia, piscina, curtir as férias e usar tecidos mais leves. Mas para a diversão não virar transtorno, é preciso tomar cuidado com a pele e sua exposição aos raios ultravioletas. 

“Quando a gente pensa na chegada do verão, pensamos em muita exposição solar. As doenças agravadas pelo sol são o melasma e o lúpus, por exemplo, e as desencadeadas são aquelas que as pessoas mais difundem, como câncer de pele, as lesões que também podem virar um câncer de pele e as lesões de queimadura solares”, explica Poliana Souza, dermatologista do Hospital Jayme da Fonte.

Em um país tropical como o Brasil, o sol consiste no principal agente causador do câncer de pele. Inclusive, este tipo de câncer é o mais frequente no país. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que, por ano, são diagnosticados cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele, tornando este o mais comum no Brasil. Por isso, é importante você se proteger principalmente nos dias nublados. 

“A gente tem que lembrar sempre que estamos no Brasil e que é o país campeão de irradiação ultravioleta, independente da época do ano, seja inverno, outono, primavera ou verão. Então a gente tem que ter uma proteção igual a todas as épocas do ano. Você pode se perguntar: ‘uso um fator 60 no verão, posso reduzir para um 30 durante o inverno?’, e infelizmente para o Brasil, não. Se você gosta do seu fator 60 e tem uma pele muito mais clara, o ideal é que você continue com ele”, continua a dermatologista.

O que usar para se proteger?

A dermatologista Poliana Souza explica que o uso regular do filtro solar é uma medida fundamental para a prevenção do câncer de pele. Ela pontua que o produto deve ser reaplicado várias vezes ao dia, pelo menos a cada três horas nas áreas do corpo que ficam expostas ao sol.

“Protetor solar é algo universal. Independente da cor ou seu tom de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia preconiza você ter sempre com você uma proteção solar, principalmente naquelas horas de pico, entre 9h e 16h da tarde, que é quando a gente tem um maior nível de irradiação ultravioleta. Quando a gente pensa em proteção solar, a gente tem que ter em mente não só o protetor, mas as camisas e as roupas de proteção UV”, alerta.

Poliana também pontua que é importante não dispensar o protetor solar mesmo usando a camisa UV. “Outra coisa bem importante é que toda vez que você for entrar na água, seja na praia ou seja na piscina, toda vez que a camisa é molhada, aquele fator de proteção inicial que está constando na etiqueta vai ser reduzido. Por isso a gente precisa sempre ficar atento, toda vez que você sair do mar, sair da piscina, reaplicar o protetor solar”. 

Sobre os sintomas das doenças que podem surgir, a dermatologista alerta: “Toda vez que surgir uma manchinha nova, seja no seu rosto, seja no seu corpo, no seu braço, e você ver que essa manchinha está aumentando de tamanho, que ela fica mais irritada quando vai pro sol, fica mais vermelhinha, tem algum sintoma associado, está coçando, está incomodando, você procura um dermatologista para que a gente dê um diagnóstico completo”.

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