Refrigerante faz mal ao coração? Entenda como bebida pode desencadear problemas cardíacos

Especialista detalha relação entre os refrescos e o mau funcionamento do coração

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Os refrigerantes são bebidas que fazem sucesso no paladar de muitas pessoas devido à combinação de fatores como o sabor doce proporcionado pelo açúcar ou adoçantes, a efervescência refrescante da carbonatação, além dos diversos sabores e aromas oferecidos.

Os refrescos artificiais, no entanto, podem estar relacionados ao aumento das chances de desenvolvimento das doenças cardíacas. De acordo com um recente estudo, publicado na revista científica da Associação Americana do Coração, pessoas que consomem bebidas adoçadas, como os refrigerantes, possuem mais chances de desenvolver a fibrilação atrial, uma condição caracterizada pela irregularidade da frequência cardíaca. 

Segundo o médico cardiologista do Hospital Jayme da Fonte, Tomás Mesquita, a condição é uma arritmia, que contrai o coração de forma rápida e desorganizada. 

Com isso, formam-se coágulos dentro do coração que podem ir para o cérebro, provocando um derrame; podem ir para as pernas, provocando isquemia ou falta de sangue,

Explica o médico.

Pesquisa

O estudo identificou 9.362 casos de fibrilação atrial entre mais de 200 mil adultos na faixa dos 37 e 73 anos que passaram a consumir a bebida com frequência. No início do acompanhamento, esses indivíduos não tinham um diagnóstico da doença.

Para Mesquita, além da fibrilação, a bebida pode desenvolver ainda uma série de outras complicações de saúde.

Eles [refrigerantes] têm conservantes a base de sódio, antioxidantes e muita glicose e açúcar. Isso pode levar ao aumento da pressão arterial, a obesidade e a alta da glicemia, gerando uma diabetes induzida por consumo alimentar errado.

Moderação

Para Mesquita, restringir o consumo total de refrigerantes para um paciente é uma abordagem radical e que, na maioria dos casos, pode não funcionar. A chave para uma boa relação entre a saúde do coração e a paixão pelos refrigerantes está na moderação do consumo.

“Eu não proíbo as pessoas de tomarem refrigerante, você tem que entender que o consumo abusivo pode fazer mal e, por isso, respeitar a quantidade. Tem pessoas que adoram e podem seguir tomando respeitando as suas limitações”

Mesquita destaca que com atenção aos exames de rotina, acompanhamento médico e nutricional, é possível continuar com a saúde do coração em dia e evitar o risco dos problemas cardíacos. 

Confira o podcast:

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