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Rinite, sinusite e asma: saiba quais são as diferenças entre elas

Isaac Secundo, pneumologista do Hospital Jayme da Fonte, explica quais os gatilhos doenças

Isaac Secundo, médico pneumologista do Hospital Jayme da FonteIsaac Secundo, médico pneumologista do Hospital Jayme da Fonte - Arthur Mota/Folha de Pernambuco

A alergia respiratória é uma resposta do sistema imunológico quando esse entra em contato com as substâncias consideradas alérgicas. Essas substâncias possuem diversas origens e atuam negativamente no organismo provocando doenças, como asma, rinite e sinusite.

“A rinite é uma inflamação nasal extremamente comum em vários períodos do ano. A sinusite seria a inflamação dos seios nasais, seios maxilares frontais, etmoidais, e esfenoidais, que são seios que têm na cabeça da gente. E a asma é a inflamação das vias aéreas inferiores, onde estão localizados principalmente os pulmões. Um paciente pode ter a junção de todas elas ou separadamente”, explica Isaac Secundo, médico pneumologista do Hospital Jayme da Fonte.

As alergias respiratórias têm um cunho genético forte, mas também podem ter gatilhos específicos. A rinite e a sinusite podem ter gatilhos naturais, como ácaro, pelo, cheiro ou mudança de temperatura. Já a asma, além de ter esses gatilhos naturais, pode ter os gatilhos infecciosos, como contrair influenza ou Covid-19, por exemplo, e ter desenvolver uma asma.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da sinusite, rinite e da asma geralmente são diagnósticos inicialmente clínicos. Após uma conversa com o médico, são feitos exames para atestar qual problema respiratório está atingindo o paciente. “Depois da conversa, a gente parte para um exame complementar, como por exemplo uma tomografia do seio da face. Às vezes, a gente pode lançar mão de testes alérgicos, como testes feitos na pele ou como testes feitos no sangue. E para a asma, a gente também vai lançar mão da prova de função pulmonar, que seria a espirometria, que é o exame que vai testar justamente a obstrução ou não das vias aéreas, que é justamente característica da asma, a inflamação dessas vias”, explica Isaac Secundo. 

Para tratar uma alergia respiratória, o primeiro passo é ficar livre dos gatilhos desencadeadores, como para a rinite e sinusite, evitar poeira, estar próximos a animais com pelos ou penas, um determinado produto ou cheiro. Já para a asma, além desses gatilhos, é importante investigar outros gatilhos importantes. 

“Depois que afastamos o paciente do gatilho, vem o tratamento que a gente chama de medicamentoso. No caso das rinites e sinusites, a gente vai usar corticoide nasal, medicações antinstaminicas, que são justamente para evitar a tosse. Já para a asma, dependendo do seu grau, a gente vai lançar mão de broncodilatadores e corticoide inalatório, uma outra classe de medicamento, que são as famosas bombinhas”, pontua o  médico.

“Uma coisa muito importante na prevenção das alergias respiratórias é a vacinação. Existem vacinas contra vírus e contra bactérias que causam as principais exacerbações dessas doenças, como por exemplo a anti-influenza, que seria a vacina da gripe, a vacina para o Covid. Temos também a vacina do pneumococo, que é o principal agente bacteriano, que vai agir principalmente nas vias aéreas inferiores e superiores. Outra coisa também que evita muito e previne muito as crises futuras é o tratamento correto e o acompanhamento dessas doenças. Quanto melhor você acompanha, mais protegido você vai estar de crises, em relação a essas alergias”, finaliza. 

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