Saiba as principais causas da queda de cabelo e os tratamentos mais comuns

Especialista alerta para a importância do diagnóstico precoce

Dermatologista Paulo Guedes, do Hospital Jayme da Fonte - Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

A queda de cabelo é um dos principais incômodos envolvendo a aparência. No entanto, para além da autoestima, a perda dos fios em excesso é preocupante, já que pode sinalizar diversas doenças envolvendo o couro cabeludo e o corpo em geral. 

De acordo com o dermatologista Paulo Guedes, do Hospital Jayme da Fonte, é normal a queda entre 100 a 200 fios de cabelo por dia. “A quantidade normal de cabelos que caem no dia a dia depende muito de pessoa para pessoa. Depende do tipo de cabelo, depende da densidade de folículos no couro cabeludo e depende, também, da higiene, da quantidade de lavagens que faz no cabelo. Uma pessoa que lava menos o cabelo, vai ter uma perda maior. Uma pessoa que lava o cabelo todos os dias, vai ter uma perda menor diária”, explica.

As quedas de cabelo superiores às habituais podem ter várias causas relacionadas. Entre elas, doenças no couro cabeludo, como a alopecia androgenética, mais conhecida como calvície, e o eflúvio telógeno. “A causa mais comum atualmente é o que a gente chama de eflúvio telógeno. O eflúvio telógeno é a consequência da queda de cabelo por qualquer doença. Pode ser Covid, pode ser uma cirurgia, uma doença crônica qualquer”, continua o dermatologista.

O Covid-19, inclusive, é o exemplo mais recente da queda de cabelo por eflúvio telógeno. “O Covid-19 atualmente é um dos maiores exemplos de queda de cabelo. E porque você tem essa queda de cabelo? O organismo tenta compensar aquela doença, aquela febre, todo aquele problema durante o Covid e as pequenas estruturas são as que sofrem mais. Então você tem todo o processo inflamatório dentro do organismo, e ele tenta proteger o coração, proteger os órgãos mais nobres e isso termina sobrando para as quedas de cabelo, por exemplo. 

Tratamentos

Os tratamentos para a queda de cabelo são diversos e vão depender do diagnóstico. É preciso realizar exames para saber o motivo da queda, que pode ser causada por uma anemia, doença crônica ou Covid-19, por exemplo. Com o diagnóstico, é possível realizar um tratamento totalmente específico. 

“A primeira coisa que o médico faz quando alguém tem queixa de queda de cabelo é tentar identificar uma causa. Por exemplo, se a pessoa teve Covid, então a causa você já sabe que é um eflúvio telógeno pós-Covid. Se a pessoa tem uma anemia, você sabe que aquela tem uma deficiência de ferro, se a pessoa tem um distúrbio hormonal, por exemplo, um ovário policístico, que dá queda de cabelo, então é tentar equilibrar aquela disfunção hormonal que provoca a queda de cabelo”, completa Paulo Guedes.

O dermatologista também pontua as providências mais comuns para evitar a queda de cabelo. “Primeiro: alimentação adequada. Em termos de higiene, não tem problema lavar o cabelo em um clima como nós moramos. O Recife é um clima, uma cidade de clima quente e úmido, é diferente de você morar na Noruega, que é um lugar extremamente frio e seco. Então, aqui, lavar o cabelo não compromete a saúde do cabelo. Quanto mais se lava o cabelo, mais o cabelo fica limpo, menor a incidência de várias doenças no cabelo limpo. Também é importante ir ao médico com frequência necessária, fazer os exames de avaliação de doenças como colesterol, glicerídio, glicose, doenças que podem comprometer a médio e longo prazo, é o ideal”, finaliza o médico.

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