Saiba o que é xerostomia, também conhecida como hipossalivação, e entenda a importância da saliva
Baixa produção de saliva é conhecida como boca seca e afeta uma a cada quatro pessoas, de acordo com levantamento
Lábios ressecados, pequenas lesões, falta de apetite e até mau hálito. Esses são apenas alguns sinais de que algo está errado na boca. A baixa produção de saliva, cujo nome científico é xerostomia, é popularmente conhecida como boca seca. Com causas diversas, esse problema pode tanto deixar dentes desprotegidos quanto prejudicar a deglutição.
De acordo com um recente estudo publicado pela Brazilian Dental Journal, a cada quatro pessoas, uma tem a boca seca, e a prevalência é ainda maior nos pacientes idosos. De acordo com o cirurgião dentista Carlos Eduardo Florêncio, além do grupo destacado pela pesquisa, alguns fatores podem tornar um grupo mais suscetível ao problema.
"Pacientes que tiveram tratamento com radioterapia; pacientes com depressão, ansiedade e estresse; e pacientes que façam uso de medicação contínua estão mais propensos a terem uma redução na produção de saliva", cita o especialista.
Florêncio destaca ainda que a xerostomia, ou hipossalivação, pode ser causada pela presença de sialolitos, que são cálculos que obstruem os ductos das glândulas salivares.
Por que se preocupar
A ausência da saliva pode ser mais prejudicial do que se imagina, já que seu papel vai além de só lubrificar a boca. O cirurgião dentista Carlos Ribeiro comenta que a saliva tem função antimicrobiana, ou seja, auxilia na proteção dos dentes e da gengiva.
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“Quando uma pessoa não está com a produção adequada de saliva, ela fica mais suscetível ao desenvolvimento de cárie e de lesões e feridas na gengiva”, citou Ribeiro.
Com a mucosa bucal mais espessa e língua esbranquiçada, os pacientes com a boca seca costumam ter mau hálito. Como a saliva é composta por água e algumas enzimas, ela é parte fundamental na digetão.
“A saliva lubrifica os alimentos para facilitar a mastigação, a gustação e a deglutição. Ela tem a função de preparar o bolo alimentar para ser devidamente digerido pelo organismo”, complementou.
Tratamento individualizado
Normalmente o tratamento é medicamentoso, e um dos artifícios mais utilizados é a saliva artificial. É possível intervir através da laserterapia de baixa intensidade, que estimula as células a produzirem mais saliva. Já quando o problema é a presença de sialolitos ou cálculos, o tratamento cirúrgico resolve. “De todo modo, é importante que o paciente busque um atendimento especializado para que consiga resolver esse problema e evite consequências mais severas”, arrematou Carlos Ribeiro, salientando que o paciente não deve procurar um dentista só quando tiver problemas, mas manter uma rotina de consultas.
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