Saiba o que pode estar por trás da azia e como se livrar dela
Azia pode estar associada a diversos problemas de saúde, sendo o refluxo gastroesofágico mais comum
Poucas coisas são tão desconfortáveis quanto a sensação de queimação que começa no peito e reflete na garganta. Esse desconforto na parte interna do tórax é característico da azia, sintoma que pode vir isolado ou acompanhado de outros sinais, alertando que alguma comida não caiu tão bem ou que há um problema maior no organismo.
Como não é uma doença em si, mas apenas um sintoma, a azia pode estar associada a diversos problemas de saúde, sendo o refluxo gastroesofágico mais comum, atingindo cerca de 30% da população adulta, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).
De acordo com Carolina Reis, médica da Unidade de Hepatologia do Hospital Jayme da Fonte, a azia é multifatorial, ou seja, várias coisas podem estar associadas ao seu aparecimento ou à sua piora, desde doenças a hábitos comportamentais e alimentares.
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Atenção aos detalhes
Para saber quando é grave, o paciente precisa observar se a azia vem de forma isolada ou se vem acompanhada de outros sintomas. "Quando, junto com a azia, o paciente se queixa de dores abdominais que não cessam com analgésicos, apresenta episódios de vômitos com sangue e também de fezes enegrecidas, é preciso buscar atendimento médico", alerta a especialista.
No entanto, se a azia vem sozinha, uma mudança de hábitos já pode ajudar no alívio do desconforto. Dentre os fatores comportamentais que possuem relação direta com a azia, estão a alimentação, o peso e vícios, conforme explica a especialista.
"É importante rever a questão alimentar e controlar a quantidade de gordura e fritura que vem sendo ingerida, além do café em excesso. Sobrepeso, alcoolismo e tabagismo também tornam o ambiente propício para o surgimento da azia", detalhou a Carolina.
Cortando o mal pela raiz
Nos casos de azia, o tratamento tem o objetivo de evitar o que gera o desconforto. Ou seja, se o incômodo vem por questões alimentares ou comportamentais, o caminho é mudar esses hábitos. “Organizar a alimentação, diminuir a quantidade de bebidas alcoólicas, parar de fumar, realizar exercícios físicos com regularidade. Tudo isso contribui para o alívio do desconforto”, pontua. "Já quando há a presença de uma doença de base, o tratamento é mais específico", completa Reis.
A hepatologista ainda lembra que, mesmo a azia surgindo de forma isolada, mas sendo um sintoma recorrente, é fundamental buscar auxílio de um especialista para entender as causas. “Se o paciente realizou as modificações comportamentais e a azia não passa, somente um atendimento médico será capaz de ajudar da forma adequada”, finalizou.
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