Sente 'preguiça' em algum horário específico do dia? A resposta pode estar no biorritmo; entenda
Biorritmo é a predisposição natural que cada indivíduo tem de sentir picos de energia ou cansaço
Certamente você já se deparou com alguém que não consegue dormir muito tarde ou com alguém que não rende pela manhã. Embora muitos achem que isso seja preguiça, há uma explicação, que a psicologia chama de biorritmo.
Também chamado de relógio biológico ou cronotipo, o biorritmo é, segundo o Instituto Internacional de Melatonina (IiMEL), ligado à Universidade de Granada, na Espanha, a predisposição natural que cada indivíduo tem de sentir picos de energia ou cansaço, de acordo com a hora do dia.
Psicóloga clínica, Gislayne Rosário explica que essa é uma condição definida biologicamente, ou seja, cada indivíduo já nasce com tendências para "funcionar melhor" em determinado horário do dia.
Mas, apesar disso, o cronotipo recebe influência do contexto no qual está inserido. Portanto, há formas de se adaptar ao relógio biológico ou adaptar o relógio biológico às necessidades do seu dia a dia.
Gislayne Rosário, psicóloga clínica - Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco"Cada indivíduo pode fazer os seus ajustes e encontrar um meio termo entre rotina e biorritmo. Se uma pessoa percebe que não rende tanto à noite, ela se programa para dormir mais cedo, ou tenta acordar um pouco mais tarde", recomenda Gislayne.
Hábitos que ajudam
Para Rafael Maksud, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), alimentação equilibrada, rotina bem definida e horários de dormir e acordar bem estabelecidos são cruciais para traçar o seu biorritmo, garantindo um bom desempenho ao longo do dia.
"Para mudar seu biorritmo, o primeiro passo é adotar a prática de atividade física regular. Ao trabalhar a musculatura, o ciclo físico é afetado positivamente, impulsionando os dias em que você estará mais disposto", defendeu o profissional.
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Impacto na autoestima
Dentre os impactos de um biorritmo desajustado, estão a irritabilidade, o cansaço, a indisposição. Mas a psicóloga Gislayne Rosário chama a atenção para a influência que essa falta de sincronia entre rotina e relógio biológico pode causar na autoestima.
"É muito comum encontrar pessoas que não identificam o seu biorritmo e se culpam pela falta de produtividade em determinado horário. Por isso, é extremamente importante conhecer o seu corpo, entender o funcionamento do próprio organismo e respeitá-lo."
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