Sintoma de alguma doença, dor de garganta costuma melhorar espontaneamente; veja quando se preocupar
Problemas na garganta não costumam passar despercebidos. Nada silenciosos, os principais incômodos associados a ela — dor ao deglutir, rouquidão e sensação de arranhado — já indicam que há algo errado na região.
O ponto é que a dor de garganta não é a doença em si, mas sim um sintoma de alguma patologia, que pode estar localizada no nariz, na faringe, na laringe, nos seios da face ou na própria garganta.
Existe ainda a possibilidade de ela indicar anormalidades do trato digestivo, como refluxo, por exemplo.
Quando se preocupar
De acordo com o otorrinolaringologista Paulo Secundus, do Hospital Jayme da Fonte, as dores de garganta são sinais de processos alérgicos ou inflamatórios, e não tendem a preocupar.
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"Em grande parte dos casos, a dor de garganta tende a passar de forma espontânea. Ela deve chamar a atenção do paciente quando estiver associada a outros sintomas, como febres, moleza ou dores no corpo", alertou o especialista.
O paciente também precisa ficar atento quanto a duração do incômodo. Passados mais de cinco dias de persistência da dor, é indicado buscar auxílio médico.
"Esse tempo de duração pode estar relacionado a um processo infeccioso que exija o uso de uma ferramenta mais agressiva para resolver", complementou o otorrinolaringologista
Tratamentos
Falando em ferramentas para resolver, Secundus cita que não existe um tratamento específico para a dor de garganta, já que ela é apenas um sintoma, mas destaca que o foco do tratamento é, antes de qualquer coisa, aliviar o incômodo do paciente.
"O primeiro passo para tratar esse problema é tirar o desconforto do paciente, principalmente da deglutição, que é uma função importante e involuntária até", comenta, ao que conclui: "Após investigada e descoberta a causa, costuma ser recomendado um tratamento à base de anti-inflamatórios, que agem muito bem no alívio da dor."
Além dos anti-inflamatórios, a tendência atual, a depender do exame clínico, é usar analgésicos e gargarejos, deixando os antibióticos apenas para quando o paciente não apresenta resultados satisfatórios com os tratamentos iniciados anteriormente.
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