Tosse fazendo 'aniversário'? Saiba quando ela indica algo mais sério e veja como tratá-la
Classificadas de acordo com a sua duração, as tosses podem ser agudas, subagudas ou crônicas
Reflexo natural do nosso corpo, a tosse indica alguma irritação no aparelho respiratório, que pode ser causada por diversos fatores. E é justamente por ter várias causas associadas, que o tratamento depende do agente causador, e o famoso xarope, tido como um aliado por aliviar esse incômodo, pode, na verdade, atrapalhar o diagnóstico e o tratamento.
Para facilitar na descoberta do que está causando essa irritação, a tosse é dividida em grupos, de acordo com a sua duração. Segundo a pneumologista Bianca Santos, as tosses são classificadas como aguda, com duração de até três semanas; subaguda, que pode durar de três a oito semanas; e crônica, que duram mais de oito semanas.
"As tosses agudas são causadas por processos infecciosos, como gripes, resfriados, covid e outros vírus. Elas também podem aparecer por descompensação de alguma doença que o paciente já tenha, como asma, por exemplo", explica Bianca.
Ainda de acordo com a especialista, a subaguda é, em sua maior parte, uma tosse pós-infecciosa, porque permanece após o resfriado, e é causada pela irritação da mucosa e das vias aéreas. Já as crônicas estão associadas a outras doenças, tanto da via respiratória, quanto de outras partes do corpo. "No tórax, por exemplo, a gente pode citar a doença do refluxo. O ácido ativa os receptores de tosse. Além das causas pulmonares, como alguma neoplasia ou bronquiectasia", citou a pneumologista.
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Sinais de alerta e tratamento
Apesar de ser um incômodo, a tosse é um mecanismo de defesa, que pode alertar para complicações mais graves, principalmente quando há outros fatores associados, como febre, queda da saturação de oxigênio e falta de ar. Já o tratamento vai depender da causa. Para as doenças de base que provocam as crises de tosse, o paciente deve controlá-las para que não haja descompensação dessas patologias.
"Nos casos das tosses subagudas, em especial, não há tratamento, e é natural a tosse persistir após o quadro infeccioso, porque as vias aéreas continuam irritadas por um tempo. Lavagem nasal com soro, uso de corticoide nasal tópico e até mesmo um anti-histamínico podem ser administrados, mas isso vai depender do quadro clínico do paciente", disse Bianca Santos.
A pediatra Lizandra Carriço alerta para o uso de xaropes, sobretudo nas crianças. Atuando como um inibidor desse incômodo, essa medicação, quando é administrada sem prescrição ou orientação médica, só vai minimizar a tosse, mas sem tratá-la de fato.
"Esse xarope pode ter efeitos colaterais, como sobrecarregar o rim, o fígado, além de deixar a criança mais sonolenta. Sem contar que pode acabar atrapalhando o diagnóstico de uma doença mais séria", finalizou Lizandra.
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