Trombose Venosa Cerebral é mais comum em mulheres? Conheça as causas deste subtipo de AVC
Gravidez e o puerpério são períodos de especial risco para as mulheres
Uma das doenças cardiovasculares mais perigosas é o temido Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021, a cada cinco minutos, uma pessoa foi vítima de AVC. Menos comum, mas igualmente perigosa, a Trombose Venosa Cerebral (TVC) é um subtipo de AVC que afeta especialmente as mulheres.
De acordo com o neurologista Mário Mélo, do Hospital Jayme da Fonte, a principal diferença da Trombose Venosa para os outros tipos de AVC é o tipo de vaso sanguíneo afetado. "Na TVC ocorre o entupimento de uma veia, enquanto nos outros tipos de AVC, o entupimento é nas artérias", diferencia o especialista.
Fatores de risco
O problema pode afetar pessoas de qualquer sexo ou idade, mas segundo pesquisa realizada pelo Neurology, periódico da Academia Americana de Neurologia, a prevalência tende a ser três vezes maior em mulheres, principalmente em período fértil. "A TVC tem chances maiores de acontecer em situações específicas. A gravidez e o puerpério são períodos de especial risco para as mulheres, por exemplo", destacou Mário.
Condições hereditárias, câncer, uso de medicações específicas e até mesmo anticoncepcionais também podem aumentar o risco
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Sintomas e tratamento
O principal sintoma é a cefaleia, mas o paciente deve prestar atenção a alguns sinais dessa dor de cabeça. "Se a dor de cabeça persiste por mais de sete dias e nem passa com as medicações, isso já deve alertar a pessoa", destacou Mélo, que completou: "Além da intensidade e da duração da dor de cabeça, a presença de outros sintomas com essa dor, como dificuldade para enxergar, alterações na visão e até mesmo crises convulsivas, são os sinais alarmantes."
Com a suspeita, o paciente deve realizar alguns exames de imagem, como uma tomografia computadorizada do crânio, ou a ressonância magnética do crânio, que é o exame mais sensível para diagnosticar a TVC.
Já o tratamento tem dois pilares. O primeiro é identificar e cessar o problema que causou a trombose venosa, e o segundo é realizar um tratamento de anticoagulação. "Nesse caso, o paciente vai ser teu sangue 'afinado' para evitar a formação de novos trombos", disse o neurologista.
Além disso, conhecer os fatores de risco é fundamental para conseguir adotar hábitos saudáveis e, assim, minimizar os riscos da TVC.