Vacinação em idosos: a importância da imunização na terceira idade

Com novos vírus e bactérias surgindo a cada ano, as vacinas têm se tornado fundamentais

Médica geriatra Andréa Figueiredo, do Hospital Jayme da Fonte - Ed Machado/Folha de Pernambuco

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas maiores de 60 anos, no Brasil, mais do que triplicará nas próximas décadas. Assim, é preciso garantir a melhor qualidade de vida possível a estas pessoas e, nesse contexto, a vacinação é de extrema importância.

Nos dois últimos anos, muito se falou em vacinação contra a Covid-19, e os idosos estiveram nos primeiros grupos a receberem suas doses e doses de reforço. Isso ajudou a reduzir significativamente a mortalidade pela doença também nessa faixa etária. Mas precisamos lembrar que a vacinação dos idosos vai além da imunização contra o coronavírus.

“A vacinação nos idosos é muito importante porque eles já têm o sistema imunológico mais frágil, ou seja, a imunidade um pouco mais baixa do que os adultos em geral. Quando eles têm alguma infecção, pode ser mais grave, porque a resposta à imunidade é mais baixa nesta população”, explica a médica geriatra Andrea Figueiredo, do Hospital Jayme da Fonte.


Com novos vírus e bactérias surgindo a cada ano, as vacinas têm se tornado fundamentais no combate a certas doenças, como os diferentes tipos de gripe. Especialmente para quem já é idoso, uma simples vacinação pode fazer toda a diferença. Existem as vacinas de rotina, recomendadas para a maioria dos idosos, e aquelas que precisam de uma orientação médica específica. Ou seja: o esquema vacinal completo nem sempre é o mesmo para todas as pessoas com 60 anos ou mais.

“As vacinas de rotina preconizadas pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia são seis. Dentre elas, Tétano, Hepatite B, vacina do Covid, Influenza, Herpes zoster e Pneumococo, que é o germe que causa a pneumonia. Algumas dessas vacinas a gente tem disponíveis na rede pública, como influenza, covid, tétano, hepatite B, mas outras como a da herpes zoster, a da pneumonia, a pneumococo, só são disponíveis em alguns centros especiais, em alguns idosos que têm algumas doenças, comorbidades, que precisam desse tipo de vacina”, diz Andrea Figueiredo.

A médica também destaca a vacina da febre amarela, que não está na lista de “vacinas de rotina”, mas que também é importante. “As doenças que as vacinas protegem são, principalmente, as formas graves de uma gripe, por exemplo. Às vezes, um idoso pode até ter uma gripe, mas de uma forma mais leve, evitando que tenha alguma complicação como pneumonia, como água na pleura, com insuficiência respiratória, que pode levar para UTI, ser entubado e respirar por aparelhos”, continua a geriatra. 

Alerta

A população está ficando mais velha, mas envelhecer com saúde é fundamental e o controle das doenças infecciosas também faz parte desse processo de envelhecimento com qualidade.

“Depois da pandemia, eu vi uma certa resistência dos idosos devido às fakes news. Muito medo que foi colocado em relação às vacinas. Eu vi uma redução na aceitação de alguns idosos. É importante frisar que a vacina protege e salva vidas. Se ela foi colocada para a população se vacinar, é porque ela é segura e a gente precisa seguir as recomendações tanto da Organização Mundial da Saúde quanto do Ministério da Saúde. As vacinas são seguras, são eficazes e os idosos podem se vacinar. Se tiverem dúvidas quanto à vacinação, consulte o seu médico para que você tenha mais segurança”, alerta a médica Andrea Figueiredo.

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