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Você ronca durante o sono? Saiba quando acender o alerta e veja formas de prevenção e tratamento

O otorrinolaringologista Paulo Secundus, do Hospital Jayme da Fonte, explica como lidar com o ronco

Paulo Secundus, otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte - Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

Uma boa noite de sono é fundamental para a qualidade de vida. Mas, às vezes, um sintoma nada silencioso pode indicar que não estamos com a saúde 100% em dia: o ronco.

Em muitos casos, quando a pessoa costuma roncar de forma mais leve, algumas medidas simples podem ajudar a diminuir o distúrbio, tornando a noite mais tranquila, tanto para quem possui o sintoma como para companheiros ou irmãos que costumam dormir no mesmo ambiente.

Como explica o médico Paulo Secundus, otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte, pequenos hábitos são capazes de atenuar o sintoma.

“Nas pessoas que têm um ronco leve, a gente sempre aconselha a não dormir de barriga para cima nem de barriga para baixo, a melhor posição é dormir de lado. Sempre usar um travesseirinho um pouco mais elevado e sempre estender o máximo que puder o queixo para cima, para deixar essa vias um pouco mais livres”, comentou. 

Também é importante, ressalta, adequar o estilo de vida, evitando, por exemplo, a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso de telas antes de dormir [Veja mais no infográfico mais abaixo].

“Essa mudança no estilo de vida, o horário para dormir, ajuda muito. Cortar esses elementos que deixam a pessoa mais ansiosa, evitar também o uso de medicamentos para dormir, fazer uma higiene do sono, vai ser melhor porque vai diminuir também o ronco com isso”, pontuou.   
 


Em casos mais severos, quando o ronco ocorre de forma mais intensa, o sintoma precisa ser investigado porque pode ser sinal da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono.

“Essa síndrome é muito frequente e geralmente cursa com a presença de ronco. Então, o ronco é um indicativo para a gente que pode ou não acontecer apneia. E apneia é uma situação de falta de oxigênio para os pulmões, consequentemente pode levar a problemas cardiovasculares e outros, então tem que ser investigado”, alertou o otorrinolaringologista.

O ronco mais intenso pode ocorrer tanto em adultos quanto em crianças e a depender das causas pode ser necessária a intervenção cirúrgica.

“Quando, por exemplo, você detecta na criança a hipertrofia de tecido adenoideano ou das tonsilas faríngeas ou palatinas, esses pacientes deverão ser submetidos à cirurgia, que tira essa obstrução do caminho e essas crianças automaticamente param de roncar e, se tiverem apneia, elas param de ter apneia também porque você tem as vias aéreas agora livres”, explicou.

“No adulto, nós temos também a correção dos desvios do septo, a hipertrofia dos cornetos também pode ser corrigida, e a cirurgia do ronco em si, que nós chamamos de uvulopalatoplastia, é uma cirurgia que pode ser feita com bisturi de radiofrequência, com bisturi a laser ou com bisturi frio mas que diminui muito tanto o problema do ronco como diminui a resistência ao fluxo de ar, melhorando a respiração do paciente durante o sono”, completou.

 

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