Você sabe o que é lordose? Saiba quando a condição se torna um problema
Dor e dificuldade para manter a postura alinhada são alguns dos sinais
A coluna humana tem uma curvatura que se desenvolve após o nascimento nas regiões cervical e lombar. Chamado de lordose, esse arqueamento é normal e fundamental para o corpo, porque ajuda na distribuição das cargas sobre os grupos musculares.
A lordose só se torna um problema quando há excesso, tanto para mais quanto para menos. De acordo com o ortopedista Paulo Melo, do Hospital Jayme da Fonte, quando há um aumento excessivo da curvatura para dentro do corpo, trata-se de uma hiperlordose.
"Nas pessoas em que a curva é muito grande, o abdômen tende a ficar projetado para frente, mais saliente, e o bumbum fica empinado", descreve o profissional.
Já nos casos em que essa curvatura é reduzida, o quadro é de uma hipolordose. "Essa condição provoca um encurtamento dos isquiotibiais, acarretando em uma retração da região pélvica", complementou o ortopedista.
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Identificando o problema
A dor é o primeiro sinal de que há alguma anormalidade na coluna, sendo também condição característica de quem possui alteração na angulação da lordose. "Isso acontece por conta da distribuição equivocada das cargas nos músculos do corpo", destacou.
Além dela, a dificuldade para manter o alinhamento postural é outro forte indício. "Se o paciente sente dor, tem dificuldade para manter a postura alinhada e também apresenta os sinais de hiper ou hipolordose, muito provavelmente ele tem algum excesso ou falta de curvatura na lordose", explicou Paulo.
No entanto, esse diagnóstico só é fechado quando o paciente realiza um exame de imagem. "A radiografia é o exame que comprova ou não o problema. Para obter um resultado confiável, é importante que o paciente esteja de pé no momento", disse.
Aliviando os sintomas
O tratamento para quem tem alterações na lordose é simples. Clínico e conservador, consiste, prioritariamente, no fortalecimento da musculatura paravertebral, ou seja, a musculatura estabilizadora da coluna.
"O paciente não pode ser sedentário. Ele precisa se exercitar regularmente. Nesses exercícios, é fundamental que ele fortaleça o core abdominal, que é um grupo de músculos que fazem com que o corpo fique no centro da gravidade, gastando menos energia e consequentemente sobrecarregando menos a musculatura", indicou o ortopedista.
É imprescindível também o controle da postura no dia a dia, no trabalho e também na hora de dormir. Além disso, o paciente precisa de planejamento alimentar, já que o sobrepeso pode interferir no êxito do tratamento.
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