"45 segundos!": indicados ao Oscar são aconselhados a controlar duração dos discursos
Premiação acontece no próximo domingo (2)
"Quantos segundos temos?"
"Quarenta e cinco!" gritaram de volta as maiores estrelas de Hollywood, de Timothee Chalamet e Ariana Grande a Ralph Fiennes e Isabella Rossellini.
Apenas cinco dias antes do Oscar, os indicados deste ano se reuniram em Los Angeles nesta terça-feira (26) para um jantar íntimo — e algumas palavras de advertência sobre a duração de seus discursos de agradecimento
Ninguém realmente espera que os vencedores do Oscar cumpram esses limites exatos, mas é função da presidente da Academia, Janet Yang, pelo menos tentar.
“Eu me sinto como uma professora”, brincou Yang, enquanto pedia educadamente à safra de estrelas de cinema deste ano que mantivessem seus momentos sob os holofotes “sinceros, bem-humorados, se você quiser, comoventes, inspiradores, mas breves”.
Como que para exemplificar o desafio, o diretor de " Um completo desconhecido", James Mangold, chegou vários minutos atrasado para a "foto de classe" dos indicados anuais, que finalmente foi tirada, forçando uma nova foto apressada.
“É a edição Mangold!” brincou uma estrela, enquanto as atrizes de " Wicked", Ariana Grande e Cynthia Erivo, sentavam-se educadamente, lado a lado, na frente e no centro do grupo, enquanto a estrela de "Um completo desconhecido", Timothee Chalamet, conversava com o diretor de " Anora", Sean Baker, nas últimas filas.
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Num ano típico, a Academia realiza um almoço comemorativo encharcado de champanhe para os indicados e convida a imprensa no início de fevereiro. Este ano, o evento foi desmantelado na sequência dos devastadores incêndios florestais de Los Angeles. Em vez disso, um jantar menor e reduzido foi realizado no último minuto, com Yang enfatizando "uma atmosfera de apoio para tantos entre nós que estão se recuperando dos incêndios que devastaram grandes áreas de Los Angeles".
Ainda assim, o evento permitiu aos indicados a oportunidade de se atualizarem e trocarem histórias no final da longa campanha.
"Bem, aqui estamos!", disse Mikey Madison, fazendo uma breve pausa na conversa com Rossellini. “Nunca fui ao Oscar antes”, falou à AFP. “Estou animada. Veremos o que acontece”.
Madison é uma das favoritas ao prêmio de melhor atriz por seu papel como profissional do sexo em “Anora”, contra Demi Moore pelo terror corporal sangrento “ A substância” e Fernanda Torres pelo trabalho em " Ainda estou aqui". Moore estava preocupada por não ter trazido seu cachorro Pilaf, um minúsculo chihuahua que a acompanhou ao Festival de Cinema de Cannes em maio passado.
"Eles estavam esperando por ela, eu deveria (ter trazido ele)!", disse Moore à AFP.
Fiennes, duas vezes indicado ao Oscar na década de 1990 sem vencer, elogiou uma "grande safra de filmes este ano". Seu sinuoso thriller ambientado no Vaticano, " Conclave", agora parece estar envolvido em uma corrida de dois cavalos pelo melhor filme, o maior prêmio de Hollywood, com "Anora".
Insistindo que o jantar foi "muito divertido", o ator britânico admitiu que já voou bastante de um lado para o outro através do Atlântico.
Na verdade, para além da excitação pela gala de domingo, um sentimento em comum entre os nomeados ao Oscar foi o de alívio pelo fato de a maratona de campanha acabar em breve.
"No que vou trabalhar a seguir? Estou me preparando para dormir por uma semana", disse o diretor de "Wallace e Gromit: Avengança", Merlin Crossingham.