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ANIVERSÁRIO

Mick Jagger faz 80 anos; saiba mais sobre a vida do músico

O frontman dos Rolling Stones comemora 80 anos de vida com um pique invejável, reafirmando seu status de uma das maiores lendas vivas do rock mundial

Mick Jagger exibe vitalidade invejável aos 80 anosMick Jagger exibe vitalidade invejável aos 80 anos - Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

Quem diria que ele tem 80 anos? O tempo de estrada, sim. Mas a cara, o pique e o gingado “diabólico” de frontman de banda de rock dizem que não. Mick Jagger, ícone do rock mundial, comemora hoje (26) oito décadas de vida, mas parece não estar disposto a se aposentar ou tirar o pé do acelerador (com muita disciplina, vale salientar). Este ano, sua banda – o mais longevo grupo de rock em atividade no mundo, The Rolling Stones – pretende lançar mais um disco. Sir Michael Philip Jagger está na vida pública há 61 anos e tornou-se um dos principais responsáveis por fazer o rock’n’roll explodir mundo afora e nunca mais “sair de linha”.

Nascido em Dartford, no sul de Londres, Jagger chegou a estudar finanças na London School of Economics, em 1961. Mas sua paixão pela música – em especial, o blues – o fez desistir desse caminho mais convencional. Havia começado a tocar em 1960, junto com o amigo Keith Richards. Em 1962, eles formaram The Rollin’ Stones (essa era a grafia original), com Brian Jones e Ian Steward. No ano seguinte, agregaram Bill Wyman e Charlie Watts (lendário baterista que acompanhou a banda até 2021, quando faleceu). Em 1965, eles lançam o que seria sua música mais emblemática até hoje “I Can’t Get No (Satisfaction)”, que alçou a banda ao estrelato.
 

The Rolling Stones no início da carreiraThe Rolling Stones no início da carreira. Micki Jagger é o da esquerda. Foto: Terry O'Neill/Getty Images

Não é exagero dizer que desde o início dos Stones, a figura de Jagger, com apenas 19 anos, já exercia o magnetismo que o notabilizou, e, mais ainda, é algo que mantém até os dias de hoje.  A marcante presença de palco, o vigor ao dançar e se requebrar de forma instigante, aliados à sua beleza e sex-appeal com jeito de bad boy, fizeram de Jagger um dos mais cultuados artistas do rock. A fama de “roqueiros durões e selvagens do Reino Unido" – algo conduzido pelo empresário da banda, Andrew Loog Oldham – funcionava como uma estratégia de marketing dos Stones para antagonizar com os Beatles, à época, que eram tidos como os “bons moços”.

Discos e números superlativos
Sem dúvida, com os Rolling Stones, Jagger tornou-se o mito que é até hoje. Mas ele arriscou outros caminhos fora desse trilho. Além da extensa discografia com sua banda oficial – 29 álbuns de estúdios e dez álbuns ao vivo – , ele lançou quatro discos solo: “She’s the boss” (1985), “Primitive cool” (1987), “Wandering Spirit” (1993) e “Goodess in the Doorway” (2001). E em 2011 participou de outro projeto, a banda Superheavy, junto com Joss Stone, Damian Marley, Dave Stewart e A. R. Rahman.

Confira o clipe de "Miracle Worker", da banda Superheavy, lançado em 2011:
 

Com os Rolling Stones, foram inúmeros recordes batidos. A banda já vendeu mais de 240 milhões de discos em todo o mundo. No Spotify, são mais de 25 milhões de ouvintes mensais. No Deezer, eles têm 6 milhões de fã/seguidores. 

Quando se fala em shows, o Brasil entra no radar entre os maiores recordes não só dos Rolling Stones, como no mundo inteiro: no dia 18 de fevereiro de 2006, eles reuniram um público estimado de 1,5 milhão de pessoas na praia de Copacabana, Rio de Janeiro, em frente ao Copacabana Palace, em um show que está na lista dos 10 mais populosos da história.

Energia e vitalidade
Em meio à longeva história dos Rolling Stones, marcada por um intenso envolvimento com drogas (Jagger e Keith Richards chegaram a ser condenados, em 1967, por porte de drogas ilícitas), além de brigas internas, Mick sempre conseguiu manter um pique e um vigor impressionáveis durante as suas apresentações. E vem sendo assim até hoje, mesmo ele já sendo um senhor de 80 anos, algo que realmente não aparenta quando sobe ao palco.

O segredo de Mick vem de berço: o pai do astro era professor de Educação Física. Com ele, aprendeu a ter uma disciplina regrada de exercícios físicos e uma dieta equilibrada e voltada para a sua atividade: passar horas cantando e, ao mesmo tempo, dançar e correr no palco, além de se comunicar com a plateia. Jagger treina três horas diárias, seis vezes por semana.

The Rolling StonesSempre se requebrando, Mick Jagger esbanja vitalidade nos seus shows. Foto: Getty Images

Entre os exercícios, uma variedade: musculação, pilates, corrida, balé, ioga, ciclismo. A alimentação é à base de legumes, frutas, sucos de ervas, grãos integrais, frango e peixe. Se bem que tem um detalhe: em dias de show, Jagger bate um prato de massa daqueles, sete horas antes da apresentação, para lhe garantir energia a gastar no palco.

Em 2019, Jagger teve de adiar uma turnê pelos Estados Unidos para a realização de uma cirurgia de substituição de uma válvula cardíaca. O procedimento foi realizado no dia 5 de abril daquele ano. Impressionantemente, no dia 21 de junho, os Stones iniciavam a turnê, em Chicago, e o vocalista aparentava estar em plena forma, esbanjando sua habitual energia, em um show com um setlist de 20 músicas e três horas de duração.

Prole
Além de tempo de carreira, discos e turnês, outra coisa que Mick Jagger tem em abundância é herdeiros. São oito filhos, com cinco mulheres. A mais velha, Karis Hunt Jagger, tem 53 anos. O mais novo, Deveraux, fará sete em dezembro. Entre eles, está também Lucas Maurice Morad Jagger, filho de Mick com a apresentadora brasileira Luciana Gimenez. O relacionamento entre eles durou menos de um ano, quando Gimenez ainda era modelo. Vale lembrar que além dos filhos, Jagger também tem netos e já é bisavô. Outra coisa: aparentemente, toda os membros da família – incluindo as ex-mulheres – se dão muito bem.

Pé frio
O outrora bad boy Mick Jagger, hoje é um oitentão milionário, com fortuna estimada em 310 milhões de libras (cerca de R$ 1,9 bilhão) e, entre uma tour e outra dos Stones, frequenta partidas de críquete e de futebol, em especial, nas Copas do Mundo. Nesse ponto, ele também ficou mundialmente conhecido sob outro aspecto: o de “pé frio”. A fama começou na Copa do Mundo de 2010, disputada na África do Sul.

Uma sequência de derrotas e eliminações se abateu sobre todas as seleções para as quais Jagger declarou apoio e/ou torcida durante o campeonato. A primeira a cair foi a dos EUA, nas oitavas de final. A partida teve a presença do astro, no Royal Bafokeng, quando a seleção norte-americana perdeu de 2 a 1 para Gana. Ele também esteve no estádio Free State, também nas oitavas, torcendo para a Inglaterra, que perdeu para a Alemanha, por 4 a 1.
 

Mick Jagger e o filho Lucas, em jogo do Brasil, na Copa do Mundo de 2014Jagger e o filho Lucas na goleada de 7 a 1 que o Brasil levou da Alemanha. Foto: Jean Catuffe/Getty Images

O Brasil foi a terceira “vítima” do britânico. Junto ao filho Lucas, ele estava no estádio Nel Mandela Bay, torcendo para a Canarinha, que perdeu para a Holanda, por 2 a 1, sendo eliminada nas quartas de final. Em entrevista ao canal oficial da Fifa, Jagger respondeu que a seleção que o mais havia impressionado até então teria sido a da Argentina. Resultado: a seleção também voltou pra casa, depois de levar uma goleada da Alemanha, também nas quartas de final.

Em 2014, na Copa disputada em solo brasileiro, Jagger continuou a estender sua influência azarenta, torcendo para as seleções de Portugal e Inglaterra, ambas eliminadas já na primeira fase do campeonato. E, claro, Jagger presenciou a maior goleada que vitmou o Brasil nas histórias da Copa do Mundo: junto ao filho Lucas, ela assistiu ao fatídico 7 a 1 contra a Alemanha. 
 

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