À frente do "Conversa com Bial" e do "Linha Direta", Pedro Bial celebra alta produtividade
Aos 66 anos, além do programa de entrevistas, Bial também está à frente de um núcleo de documentários e produções especiais do Globoplay
Pedro Bial gosta de estar em boa companhia. A pandemia, entretanto, forçou o apresentador a uma adaptação inevitável: a de encaixar o “Conversa com Bial” em um formato remoto sem perder a relevância já conquistada. Na temporada de 2023, Bial voltou ao estúdio, mas apenas com seus convidados. Agora, nos novos episódios, o reencontro é total e ele comemora a volta da plateia ao cenário.
“O público é um terceiro elemento muito importante dentro da entrevista. É uma interação que valoriza o papo. Mas esse retorno é diferente, temos uma plateia menor, sem a extravagância dos primeiros anos. A gente queria manter o clima mais íntimo que acabou tomando conta do programa”, avalia Bial.
Natural do Rio de Janeiro, Bial está na Globo desde o início dos anos 1980. Por anos, foi correspondente internacional em Londres, Inglaterra. De volta ao Brasil, em meados dos anos 1990, acabou como âncora do dominical “Fantástico”, onde ficou por mais de uma década.
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Bial resolveu fazer a transição para a área de entretenimento da Globo como apresentador do “Big Brother Brasil”, onde ficou de 2002 a 2016. Paralelamente ao reality, apresentou programas de debates e entrevistas na Globo e na GloboNews até conseguir emplacar o “Conversa Com Bial” nas madrugadas da Globo, em 2017.
Aos 66 anos, além do programa de entrevistas, Bial também está à frente de um núcleo de documentários e produções especiais do Globoplay e na nova versão do policialesco “Linha Direta”, que acaba de estrear a segunda temporada. “Me orgulho da clareza, transparência e espírito democrático dos projetos que estou envolvido atualmente. É um momento de muito trabalho e realização profissional”, valoriza.
O “Conversa Com Bial” vem experimentando formatos desde a estreia, em 2017. O que o retorno da plateia representa para a nova temporada?
Mais gente no estúdio é sinônimo de calor humano. A natureza da conversa pode permanecer a mesma, mas ganha essa camada do talk ser de fato um show. Quando você tem pessoas assistindo, o show está estabelecido. Porém, a plateia não representa uma retomada ao que era antes da pandemia.
Quais a diferença?
É um cenário menor, o que diminuiu o número de pessoas no auditório. A gente não queria perder o clima intimista que construímos no decorrer desses anos. Então, acho que o programa fica no meio do caminho. É como reviver um pouco daqueles tempos antes da pandemia. A presença do público é como ter de novo aquela terceira voz, o coadjuvante que também contribui para os rumos da conversa.
O “Conversa com Bial” agora passa antes no GNT. Como se estabeleceu essa outra janela de exibição?
Por muitos anos, a Globo e os canais por assinatura do grupo mantinham uma certa distância. Agora, está tudo muito mais interligado. Acho ótimo que o programa seja exibido primeiro na tevê paga, é uma chance de agradar a quem quer assistir primeiro, mas mais cedo. Além disso, o espaço tem uma audiência identificada. Na tevê aberta, falamos para milhões de pessoas. Então é bom termos essa diversidade de público e a possibilidade de nos comunicar especialmente com cada um deles.
Além do talk-show, você comanda dentro da Globo um núcleo de documentários especiais e também está à frente do “Linha Direta”. Como você tem conciliado essas funções?
Só consigo porque tenho uma equipe maravilhosa e tudo funciona por temporada. Estou adorando essa abertura a novos projetos que o streaming proporciona e me sentindo muito maduro para assumir todas essas funções. Acho que o acúmulo de experiência traz mais segurança em ousar. Mexer no “Linha Direta”, por exemplo, foi uma grande ousadia.
Como assim?
A primeira temporada foi muito bem-sucedida. Nosso desafio era atualizar um formato de sucesso, mas que já tinha parado de ser exibido há 15 anos. Nesse tempo, o mundo mudou muito, então queríamos adaptar a ideia para o mundo de hoje. Esse processo continua nos novos episódios, onde a gente busca um aprofundamento em temas cada vez mais atuais. Teremos mais excelência na linguagem que já tinha uma proposta bem urdida. Além da modernização, também há o desafio de manter a essência do programa, que é a busca pela justiça.
“Conversa com Bial” – Na Globo, de segunda a sexta, à 1h. No GNT, de segunda a sexta, às 23h30. “Linha Direta” – Globo, quintas-feiras, às 23h.