"A Invenção de Tatuagem", da Cepe Editora, ganha lançamento neste sábado (20) na Fundaj
Livro aborda o processo criativo do cineasta pernambucano Hilton Lacerda, no filme Tatuagem (2013)
“A Invenção de Tatuagem” (Cepe), livro de Paulo Cunha, Marcos Santos e Georgia Cruz, ganha lançamento neste sábado (20), às 17h, no páteo da Fundaj Derby. A obra, que aborda o processo criativo do primeiro longa do cineasta pernambucano Hilton Lacerda no filme “Tatuagem” (2013), será comercializado pelo valor de R$ 70 (impresso) e R$ 28 (e-book).
O evento de lançamento ocorre após a exibição do filme de Lacerda, às 15h, na Sessão Cinemateca no Cinema da Fundação. A entrada é gratuita, mas com limite de 100 espectadores na sala, em decorrência dos protocolos sanitários adotados como prevenção à Covid-19.
De acordo com o editor da Cepe, Diogo Guedes, abordar a produção audiovisual pernambucana no catálogo da editora tem sido cada vez mais do interesse da editora. Ainda de acordo com ele, “A Invenção de Tatuagem” faz parte desse caminho.
“É um livro que traz o efervescente processo criativo e as várias etapas de elaboração do longa de Hilton Lacerda, com um mergulho não só no filme como produto final, mas também nas pesquisas, discussões e histórias que fomentaram a obra", define o Diogo.
“Tatuagem”, o filme e o livro
O romance entre Clécio, líder de um grupo teatral, o Chão de Estrelas, e Fininha, um soldado do Exército brasileiro, é o mote do longa dirigido por Hilton Lacerda. A história se passa em Olinda, em 1978, nos primeiros anos da ditadura militar.
No livro os autores contam que a obra faz referências afetivas ao grupo de teatro Vivencial, ao ator Pernalonga, ao pop-filósofo Jomard Muniz de Britto e ao diretor Guilherme Coelho.
Quando ainda elaborava a ideia do longa, Hilton pensou em fazer um filme baseado no romance “Orgia”, do escritor argentino Túlio Carella - que viveu no Recife nos anos 1960.
Outra possibilidade era um documentário sobre o escritor Jomard Muniz de Britto, que segundo o cineasta é o maior articulador entre a vida boêmia, marginal e a vida acadêmica.
Em conversa com o escritor João Silvério Trevisan, o diretor foi aconselhado a abordar ficcionalmente o universo do Vivencial, conhecido como o território da diferença na época em que existiu, ocupado por transformistas, favelados, gays e héteros, professores e estudantes universitários, militantes de esquerda e gente do povo.
Uma vastidão humana e a oportunidade de contar várias histórias em uma só, abordar vários temas que vinha estudando, como sexualidade, contracultura, a importância do próprio Jomard num cenário de resistência e a vida recifense.
E todo esse universo faz parte do livro, que tem a força da prosa poética de Jomard no prefácio, a construção do argumento e a discussão cinematográfica sobre o âmbito do Super-8.
Produção
Os autores de “A Invenção de Tatuagem”, Paulo Cunha, Marcos Santos e Georgia Cruz, leram diferentes tipos de tratamentos do roteiro, estudaram fotografias de cena, consultaram materiais da direção de arte, como cenografia, figurinos e adereços, assim como retornaram às obras que inspiraram o diretor: livros, filmes e histórias.
A pesquisa foi realizada no campo dos programas de pós-graduação em comunicação e em design da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O livro é ilustrado com fotos do diretor de fotografia Ivo Lopes, do fotógrafo Flávio Gusmão e do autor Marcos Santos, além de conter imagens anteriores às filmagens, de outros fotógrafos, a exemplo de Ana Farache que cedeu imagens do “Vivencial”. Já o projeto gráfico é da designer Sandra Chacon.
Serviço
Lançamento do livro “A Invenção de Tatuagem”, de Paulo Cunha, Marcos Santos e Georgia Cruz
Sábado (20), às 17h, na Fundaj Derby
Valor de venda R$ 70 (livro impresso)
R$ 28 (e-book)