Terror

"A Praga", filme inédito de Zé do Caixão, estreia na Fundaj

Tido como perdido, após um incêndio, o filme foi redescoberto e recuperado pelo produtor Eugenio Puppo

José Mojica Marins; ou melhor: Zé do CaixãoJosé Mojica Marins; ou melhor: Zé do Caixão - Foto: Divulgação

Nome mais emblemático do gênero filme de terror no Brasil, José Mojica Marins – conhecido mundialmente como Zé do Caixão – faleceu em 2020, mas deixou uma obra inédita: “A Praga”. O filme foi exibido pela primeira vez em 2021, durante o 54º Festival de Cinema de Sitges, na Espanha. Após circular por mais sete festivais, incluindo passagens por Portugal, Toronto, Rio de Janeiro e Fortaleza, estreia nesta quinta (20), no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco.

“A Praga” havia sido concebido inicialmente como um episódio do programa “Além, Muito Além do Além”, escrito por Rubens Francisco Lucchetti e exibido pela TV Bandeirantes entre 1967 e 1968. Esta primeira versão havia se perdido em um incêndio na emissora. Em 1980, Mojica até tentou refilmá-la, mas não chegou a concluir. 

Quinze anos mais tarde, em um trabalho de recuperação das obras de Mojica, Eugenio Puppo, da Heco Produções, encontrou os rolos originais do filme, que era tido como perdido. Começou a trabalhar, então, na correção de cores, remasterização sonora, trilha musical e na inclusão de dublagem, uma vez que as gravações das vozes originais não foram encontradas.

“Quando me contava sobre os vários trabalhos que não conseguiu concluir, ele sempre fazia referências ao 'A Praga'. Agora, finalmente o filme terá um lançamento à altura de sua importância.”, diz Puppo. "Todo o cuidado que tivemos com a recuperação do filme foi importante para não deixar que ele se perdesse através da história. Fizemos de tudo para manter a autenticidade, oferecer ao público algo muito próximo do que tínhamos encontrado, com a veracidade de um autêntico filme de Mojica”, explica.

O processo de restauro em 4K foi registrado no curta-metragem “A Última Praga de Mojica”, dirigido por Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira. O curta antecede o filme de Mojica. Em um relato íntimo sobre seu trabalho com o diretor, Puppo nos guia por imagens do diretor atrás das câmeras, preparando sua fala e se concentrando para entrar em cena.

Sinopse
Em “A Praga”, Mojica não aparece como ator. Ele é a voz do narrador que convida o público a entrar na história de Marina e Juvenal, um casal que, durante um passeio pelo campo, para em frente à casa de uma estranha idosa para tirar fotos. Irritada, ela se revela uma bruxa e joga uma maldição em Juvenal: uma perseguição psíquica horrorizante, provocando uma ferida que se abre em seu corpo de forma descontrolada. O ferimento leva Juvenal a uma fome insaciável por carne crua e precisa ser alimentado constantemente para ser saciado. 


 
 

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