‘A Vida da Gente’ volta no horário das 18h nesta segunda-feira (1)
Sucesso de 2011, Rede Globo reexibe novela que traz lições de amor, esperança e resiliência
“Tempo, tempo, tempo, vou te fazer um pedido...”, chegou a vez de cantarolar mais uma vez “Oração ao tempo”, música de Caetano Veloso, na voz de Maria Gadú, abertura da trama. A música volta a inebriar nossos corações de esperança com o retorno de “A Vida da Gente”, nesta segunda-feira (1º).
Escrita por Lícia Manzo e dirigida por Jayme Monjardim, a novela que foi um dos grandes sucessos do ano de 2011 e 2012, volta às televisões com a história emocionante da tenista em ascensão Ana (Fernanda Vasconcellos) que, ao se apaixonar pelo irmão de criação Rodrigo (Rafael Cardoso), acaba engravidando. Sua mãe, Eva (Ana Beatriz Nogueira), a leva para fora do país para esconder o fato. Meses depois, elas voltam ao país e apresentam a menina Júlia como filha de Eva. Porém, um acidente grave acaba mudando tudo. Ana fica em coma e a irmã dela, Manu (Marjorie Estiano), é quem passa a cuidar da criança. Com a convivência, ela e Rodrigo acabam se envolvendo. Seis anos depois, quando Ana acorda do coma, ela precisa lidar com as mudanças que ocorreram enquanto ela ficou inconsciente.
Marcada por intensos e, ao mesmo tempo, sensíveis diálogos, a trama ainda conta, em seu elenco, com a saudosa Nicette Bruno, que interpreta Iná, responsável por enfatizar, ainda mais, o campo afetivo da narrativa. “A obra-prima da novela é a conversa. Ela vem como um convite para as pessoas entenderem sobre os seus próprios sentimentos e como suas ações repercutem sobre as outras”, contou Manzo.
Em época de pandemia, onde as relações humanas sofreram diversas transformações, uma dose diária de uma novela que inspire vínculos, esperança e resiliência será recebida com conforto. “’A Vida da Gente’ será um sucesso, mesmo na reprise. O público está carente, em meses tão difíceis, de sentimentos e conexões humanas e é exatamente o que as cenas e os textos da obra oferecem”, explicou Monjardim.
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Outros temas relevantes são levantados durante o enredo do folhetim, como o tabu existente sobre a inseminação artificial, embora dez anos tenham se passado após a primeira estreia da trama, ainda segue sendo um assunto que precisa ser debatido. Como é o caso do autoritário Jonas, interpretado por Paulo Betti que, ao se relacionar com uma mulher mais nova, não aceita o fato de sua atual esposa gerar um filho com alguma pessoa desconhecida e compra o sêmen de seu irmão. “O Jonas era uma pessoa muito conservadora e interpretá-lo foi um desafio, porque eu não tenho comportamentos parecidos com os dele. Quero assistir e prestar atenção em cada detalhe da minha atuação. Vai ser incrível”, endossou o ator que ainda usava a armação dos óculos do personagem uma década depois.
Além deste, há as muitas abordagens em que uma relação familiar pode existir, deixando claro a linha tênue entre o amor e o sentimento de posse. A exemplo da relação de Ana (Fernanda Vasconcellos) e sua mãe, Eva (Ana Beatriz Nogueira), que tenta e consegue controlar de todas as maneiras a vida profissional e amorosa de sua filha, ultrapassando limites.
O horário das 18h será preenchido por uma história e um elenco de primeira linha. Mesclando mil formas de afeto, “A Vida da Gente”, vem provar que o responsável por amores urgentes se extinguirem, urgências se acalmarem, passos ágeis se alertarem e nada manter-se no mesmo lugar é o senhor de todas as respostas: o tempo.
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