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Acervo do MAC aos olhos do público

Coleções do museu, que fica em Olinda, serão expostas na Galeria Tereza Costa Rêgo, com apoio do Funcultura

O Exterminador do Futuro - Destino Sombrio O Exterminador do Futuro - Destino Sombrio  - Foto: Reprodução/ Adorocinema

 

O Museu da Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE), situado no Varadouro, em Olinda, permanece em eterna reforma. Mas um projeto cultural aprovado pelo Funcultura com o objetivo de trabalhar as coleções do MAC de forma educativa permitirá que estudantes e público em geral tenham acesso ao acervo riquíssimo da instituição, visto que o local con­ta com casas anexas, como a Galeria Tereza Costa Rêgo, que não está com a infraestrutura comprometida.

É lá que ocorrerão três exposições, ao longo de um ano, explorando parte da Coleção Assis Chateaubriand, composta por todos os períodos da história da arte, desde o academicismo do século 19 até o modernismo dos anos 1960. A primeira mostra ocorre a partir de amanhã, às 19h, com o tema “A Natureza”, em que serão exibidas pinturas com imagens de paisagens, animais e natureza-morta. “Olhamos para as coleções e nos perguntamos o que podemos aprender com as obras. Nesse processo de seleção, não nos importamos com a ordem cronológica, nem com os artistas em si. Nessa primeira etapa, por exemplo, há nomes locais, nacionais e internacionais, como Francisco Brennand, João Baptista da Costa, Eliseu Visconti, Darel Valença, Wellington Virgulino, Tiago Amorim, Montez Magno, Menotti Del Picchia e David Hockney”, conta uma das curadoras, arte-educadora e idealizadora do projeto, Lúcia Padilha Cardoso.

Essa será uma oportunidade de ver de perto as 300 obras da coleção que estão no caderno “Acervo Educativo: Coleção Assis Chateaubriand do MAC-PE”, um projeto também idealizado por Lúcia e aprovado pelo Funcultura ano passado, e que percorreu escolas do Interior do Estado com o mesmo objetivo de educar através da arte.

“Faremos encontros com professores para capacitá-los a trabalharem o acervo do MAC como conteúdo educativo em sala de aula. Para isso, distribuiremos o caderno educativo que produzimos, e ainda disponibilizaremos um exemplar em braile para consulta no espaço da exposição”, diz a curadora e arte-educadora.
A segunda e a terceira mostra tratarão, respectivamente, sobre pessoas e figuras abstratas. “São temas que se repetem até hoje na história da arte e, portanto, merecem ser retomados periodicamente. O que propomos é um registro das coleções, além de educação patrimonial”, conclui Lúcia.

Chatô
Não é de hoje que se tenta descentralizar a concentração de museus do eixo Rio-São Paulo. Em 1966, o MAC só começou a existir como museu graças à iniciativa do magnata das comunicações Assis Chateubriand de criar museus regionais e doar obras de arte a instituições nos quatro cantos do Brasil, incluindo a do Varadouro. Nesse mesmo ano, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). 

Antes de virar museu, o prédio do Sítio Histórico era uma prisão, criada em 1765 pela Igreja Católica para encarcerar os insurgentes. Foi a única prisão eclesiástica da qual se tem notícia no Brasil. Além dos nomes já citados, outras obras integrantes do acervo doado por Chatô são assinadas por Tomie Ohtake, Lasar Segall, Manabu Mabe e Almeida Junior. Sem falar do quadro “Enterro”, de Cândido Portinari, que foi roubado em 2010 e recuperado no Rio de Janeiro, no mesmo ano.

 

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