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Adriana Calcanhotto traz show do álbum "Errante" ao Recife neste sábado (5)

Turnê do novo disco da cantora e compositora teve início em Portugal. No Brasil, Recife é a terceira capital a receber o show

Recife é a terceira capital brasileira a receber o show "Errante", de Adriana Calcanhotto Recife é a terceira capital brasileira a receber o show "Errante", de Adriana Calcanhotto  - Foto: Leo Aversa/Divulgação

Em 2021, enquanto o mundo se confinava devido à covid-19, a cantora e compositora Adriana Calcanhotto, também em casa, sentia saudades dos shows, dos palcos, das turnês e da estrada. E também descobria um dado novo sobre si mesma: entre seus antepassados, judeus sefarditas que haviam fugido da Inquisição em Portugal, e se estabelecido no Brasil. Acabou entendendo que seu espírito errante e seu desejo por movimentação, estrada e liberdade eram herança genealógica.

Estamos em 2023, e, depois do susto da humanidade com a pandemia, finalmente Adriana voltou ao seu destino inexorável: a estrada, os palcos, o “nomadismo” da vida de viajante. No final de julho, ela começou no Brasil a turnê do seu álbum “Errante”, que chega neste sábado (5) ao Recife, com show no Teatro Guararapes, às 21h. No repertório, as 11 faixas do disco mais alguns clássicos da sua carreira – como “Vambora”, “Mais feliz”, além de “Naquela estação” (João Donato, Caetano Veloso e Ronaldo Bastos), que ela não cantava desde a turnê do seu primeiro álbum, “Enguiço” (1990).

A volta da catarse
“Errante” nasceu desse desejo de abertura de portas, de retorno à vida. O anterior, “Só”, foi o álbum pandêmico de Adriana, com o qual ela realizou apenas a miniturnê “Um show Só”, no Teatro Riachuelo do Rio, sem plateia, em formato live. Naquela época, ela chegou a acreditar que esse poderia ser o destino da humanidade. “Eu pensei: ‘E se acabou? E se agora não tem mais catarse? Não tem mais teatro?’”, revela em entrevista, por telefone, à Folha de Pernambuco.

Sobre esse novo momento, de errância, ela diz: “Sensacional! É demais poder voltar! É demais fazer presencial! É demais fazer turnê!”. Adriana já havia voltado a fazer giros no ano passado, em apresentação conjunta com a banda de Gilberto Gil & Família e, mais recentemente, com “Coisas sagradas permanecem”, cumprindo as datas de shows agendados para Gal Costa, falecida em novembro de 2022. “Errante”, então, é a primeira turnê de um disco de Adriana após a pandemia.

A turnê de “Errante” começou em maio, em Coimbra (Portugal), passando por oito cidades do país. A etapa brasileira teve início em 22 de julho, em Porto Alegre, cidade natal de Adriana. “Eu quis (começar por) Coimbra porque é uma cidade muito importante pra mim, uma cidade minha, onde nasceu a Língua Portuguesa. E Porto Alegre, no Brasil, porque é a minha cidade, onde eu nasci. Então, isso era importante pra mim”. Recife é a terceira capital brasileira a receber “Errante”.

Show
Adriana vem acompanhada de Pedro Sá (guitarra), Domenico Lancellotti (bateria), Guto Wirtti (baixo acústico), além do reforço de Jorge Continentino (saxofone, flauta e teclados), Diogo Gomes (trompete e flugelhorn), Marlon Sette (trombone). É a primeira vez que ela monta um show com a presença de um naipe de sopros/metais.

Nesse show, Adriana também não toca violão. Segundo ela, a banda base e o naipe suprem o que ela faria no instrumento. “Se eu tô tocando violão, eu tenho que ouvir o violão que eu tô fazendo, é uma atenção que eu tenho que dar pro violão, que eu prefiro ouvir o que eles tão fazendo e cantar”, diz. “E, sobretudo, não atrapalhar eles (risos)”.

Como forma de homenagear Gal Costa, Adriana inseriu no set list “Livre do amor” e “Esquadros”, canções suas gravadas pela baiana e que estavam no show “Coisas sagradas permanecem”. O vestido branco usado por Adriana foi confeccionado pela estilista Dani Jensen – Inhu – e traz uma bolsa acoplada ao figurino, simbolizando a ideia de itinerância.

Leia a entrevista completa de Adriana Calcanhotto à Folha de Pernambuco.

SERVIÇO
Adriana Calcanhotto em “Errante”
Quando: 5 de agosto, às 21h
Onde: Teatro Guararapes
Ingressos: Plateia especial: R$ 220 e R$ 110 (meia); Plateia: R$ 180 e R$ 90 (meia); Balcão: R$ 140 e R$ 70 (meia); à venda na Sympla e bilheteria do teatro
Informações: (81) 3182-8020

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