"Ainda estou aqui" é o quinto longa brasileiro indicado ao Oscar de melhor filme internacional
Brasil retorna à categoria após 26 anos
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A indicação ao Oscar de melhor longa internacional para "Ainda estou aqui", anunciada na manhã desta quinta-feira (23), marca o retorno do Brasil à categoria após 26 anos.
Neste período, longas brasileiros receberam indicações importantes. "Cidade de Deus" concorreu em quatro categorias em 2004, incluindo melhor direção. "O menino e o mundo" esteve na disputa de melhor animação em 2016. E "Democracia em vertigem" disputou o prêmio de melhor documentário em 2020. Mas nenhum deles figurou na lista de filmes internacionais.
Esta é a quinta indicação do Brasil na categoria, anteriormente conhecida como melhor filme estrangeiro. Relembre as anteriores:
'O pagador de promessas'
O drama escrito e dirigido por Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro, concorreu ao Oscar em 1963. "O pagador de promessas" foi superado pelo drama franco-austríaco "Sempre aos domingos", de Serge Bourguignon. Também estavam na disputa: "Electra, a vingadora", de Michael Cacoyannis, "4 dias de rebelião", de Nanni Loy, e "Tlayucan", de Luis Alcoriza.
'O quatrilho'
O Brasil só voltaria a disputar a categoria em 1996, com "O quatrilho", de Fábio Barreto, estrelado por Gloria Pires e Patricia Pillar. A vitória no entanto foi para a Holanda, com "A excêntrica família de Antonia", de Marleen Gorris. Também concorreram os filmes: "O homem das estrelas", de Giuseppe Tornatore, "Poussières de vie", de Rachid Bouchareb, e "Todas as coisas são belas", de Bo Widerberg.
'O que é isso, companheiro?'
Dois anos depois, Bruno Barreto repetiu o feito do irmão e conseguiu uma indicação ao Oscar por "O que é isso, companheiro?". O longa, que conta com as presenças de Fernanda Torres e Selton Mello, acabou desbancado por outro holandês, "Caráter", com direção de Mike van Diem. "O ladrão", de Pavel Chukhray, "Segredos do coração", de Montxo Armendáriz, e "A música e o silêncio", de Caroline Link, completavam a lista de indicados em 1998.
'Central do Brasil'
E o Brasil retornou ao Oscar no ano seguinte com "Central do Brasil", de Walter Salles. O longa foi indicado não só a melhor filme internacional, mas também a melhor atriz com Fernanda Montenegro. O italiano "A vida é bela", de Roberto Benigni, acabou levando a estatueta.