Al Pacino detalha experiência de quase morte com Covid: "Fiquei sem pulso"
Quatro anos após contrair coronavírus, ator afirma que passou a ter uma 'visão diferente da morte'
Aos 84 anos, o ator Al Pacino resolveu abrir o jogo sobre uma experiência de quase morte quando contraiu a Covid-19, em 2020.
Em entrevista à The New York Times Magazine, o vencedor do Oscar revelou que ficou sem pulso depois de uma reação ruim a esteroides durante o tratamento de uma infecção pela doença, e que paramédicos tiveram de trabalhar para trazê-lo de volta à vida.
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“O que aconteceu foi que eu me senti mal, excepcionalmente mal. Então tive febre, e estava ficando desidratado e tudo mais. Pedi para alguém me trazer uma enfermeira para me hidratar. Eu estava sentado lá em casa, e eu tinha sumido. Assim.
Eu não tinha pulso. Em questão de minutos eles estavam lá — a ambulância na frente da minha casa. Eu tinha cerca de seis paramédicos naquela sala de estar, e havia dois médicos, e eles estavam com essas roupas que pareciam ter vindo do espaço sideral ou algo assim.
Foi meio chocante abrir os olhos e ver aquilo. Todo mundo estava ao meu redor, e eles disseram: 'Ele voltou. Ele está aqui.'”, narrou Al Pacino à revista.
O ator veterano afirmou ainda: "Eu não vi a luz branca nem nada. Não há nada lá", e citou Shakespear: "Como Hamlet diz, 'Ser ou não ser'; 'O país desconhecido de cujas fronteiras nenhum viajante retorna.'".
"Eu nunca pensei sobre isso na minha vida. Mas você conhece atores: parece bom dizer que morri uma vez. O que é quando não há mais nada?", brincou.
Al Pacino comentou também sua relação com a ideia da morte: "É natural, eu acho, ter uma visão diferente da morte conforme você envelhece. É assim que as coisas são. Eu não pedi por isso. Simplesmente vem, como muitas coisas simplesmente vêm”, afirmou.
O último filme de Al Pacino, "Modi – Três dias na asa da loucura", teve sua estreia mundial no 72º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na semana passada, com direção de Johnny Depp.