Anúncios falsos com IA mostram Stallone e Schwarzenegger divulgando "truque" para disfunção erétil
Famosos aparecem em inserções no YouTube promovendo "pequena ajuda" para resolver impotência sexual, segundo o site 404 Media
Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone, Mike Tyson e Terry Crews foram deslocados de suas funções na arte e no esporte e têm aparecido recorrentemente em anúncios falsos — criados com inteligência artificial — que promovem suplementos com “soluções” para homens com disfunção erétil no YouTube.
Esses conteúdos utilizam, sem consentimento, a imagem e a voz editadas dessas celebridades para divulgar os “truques” milagrosos. A informação foi divulgada inicialmente pelo site 404 Media.
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Nos anúncios, que circulam na plataforma desde 12 de novembro, as celebridades leem o mesmo texto. Há também a reprodução de um áudio com uma voz muito similar a deles.
“Você já ouviu falar do truque do sal que está me fazendo durar horas na cama?”, pergunta Schwarzenegger em um dos vídeos.
“Os principais atores adultos usam isso há cinco anos para se manterem duros como pedra. Quero dizer, você não achava que eles duravam tanto sem um pequeno truque, certo?”
Este vídeo trata-se, no entanto, de uma edição de um registro publicado pelo ator em 3 de janeiro deste ano.
E em nada ele se refere a disfunção erétil, mas a um estilo de vida saudável com uma rotina de exercícios diária.
Em outros anúncios, aparecem imagens de Tom Hanks, Denzel Washington e do ator de filmes adultos Johnny Sins.
Em outros dos anúncios divulgados há ainda a inserção de mulheres anônimas dizendo que seus “maridos enlouqueceram” após “experimentar a mistura simples” que trata a impotência sexual.
Em janeiro, o YouTube apagou aproximadamente mil anúncios em que vídeos de celebridades eram editados com inteligência artificial para promoção de golpes.
“Estamos constantemente trabalhando para melhorar nossos sistemas de fiscalização para nos anteciparmos às últimas tendências e táticas de golpes e garantir que possamos responder rapidamente a ameaças emergentes”, disse o Google à época.