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Natal

Apesar da chuva, Baile do Menino Deus encanta o público na Praça do Marco Zero, nesta segunda (25)

Pouco antes das 20h30, a chuva interrompeu o espetáculo, que retornou em 15 minutos; peça conta a história do nascimento de Jesus Cristo com símbolos da cultura nordestina e brasileira

A Praça do MArco Zero ficou lotada para assistir ao Baile do Menino Deus, nesta segunda (25)A Praça do MArco Zero ficou lotada para assistir ao Baile do Menino Deus, nesta segunda (25) - Foto: Alexandre Aroeira/Folha de Pernambuco

A segunda noite de apresentações do Baile do Menino Deus, que aconteceu nesta segunda-feira (25), dia de Natal, reuniu uma multidão na Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife. Pouco antes das 20h30, a chuva interrompeu o espetáculo e parte do público se protegeu embaixo de guarda-chuvas ou procurou abrigo em locais próximos.

A expectativa para o retorno da apresentação foi grande. Quando a chuva diminuiu, equipes limparam e organizaram o palco, enquanto o público se mantinha presente no local. No último sábado (23), o primeiro dia de espetáculo já havia sido adiado devido às chuvas. 

Nesta segunda, o desfecho foi diferente. Em aproximadamente 15 minutos, o espetáculo retornou ao palco do Marco Zero. Escrita por Assis Lima e Ronaldo Correia, a peça conta a história do nascimento de Jesus Cristo com símbolos da cultura nordestina e brasileira. Ao todo, 70 pessoas compõem o elenco da peça, incluindo orquestra, coro infantil e adulto, bailarinos e atores.

O Maestro Forró e o cantor Almério participaram pela primeira vez do espetáculo este ano. Já o cantor e compositor Silvério Pessoa é um dos artistas que tradicionalmente compõem o corpo de músicos do espetáculo. Nomes como Lucas dos Prazeres, Isadora Melo, Sarah Leandro e Cláudio Rabeca também fazem paret do elenco.

Pela primeira vez, o personagem de José é interpretado por um ator indígena: Caique Ferraz, da etnia Fulni-ô, de Águas Belas. Ele divide a cena com a atriz, cantora e compositora Laís Senna, que dá vida a Maria. 

Enquanto o espetáculo estava interrompido, a artesã Viviane Locatelli, de 49 anos, contou que o momento era de frustração por não poder acompanhar a peça, mas que estava na expectativa para que a chuva desse uma nova trégua e a apresentação continuasse. “Apesar de eu ser Recifense, eu ainda não tinha assistido a peça. E é tudo lindo, maravilhoso, com os artistas da terra e mostrando a nossa cultura”, comentou.

A professora Amélia Alves, de 36 anos de idade, e o vendedor Alexandre Alves, 50, foram com o filho, Noah, de 4 anos, conferir a apresentação. “É muito importante incentivar as crianças a acompanharem as nossas tradições. Ele [Noah] já veio caracterizado, de chinelinho de couro e tudo. E é importante a gente consumir a nossa cultura”, contou. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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