LUTO

Aracy: atriaz Taís Araújo em momento "traumático" da carreira

Enquanto a atriz interpretava Helena em "Viver a Vida", a veterana a recebia todos os dias em casa para treinar falas do roteiro

Atriz Aracy BalabanianAtriz Aracy Balabanian - Foto: Fábio Rocha/ TV Globo

A atriz Aracy Balabanian morreu, aos 83 anos, na manhã desta segunda-feira. A artista, que foi diagnosticada com câncer de pulmão no fim do ano passado, teve papel importante na carreira de Taís Araújo. Em 2009, quando Taís interpretou Helena na novela “Viver a Vida”, ela recebeu uma enxurrada de críticas do público e da imprensa, e pediu ajuda à Aracy, que nem estava no elenco, para passar os textos.

— Eu lia as páginas do roteiro sem enxergar nada. Eu não conseguia encontrar a personagem, entrei em desespero — relembrou Taís em entrevista à revista “piauí”. — Durante essa novela, foi a primeira e única vez na vida em que tomei um porre e, no outro dia, não consegui trabalhar — completou a atriz, dizendo que Aracy a recebia em sua casa na Gávea todos os dias pela manhã para treinar as falas do roteiro.

Em fevereiro de 2022, quando Aracy completava 82 anos, Taís usou as redes sociais para homenagear a atriz. “Hoje é aniversário da Dinda! A dona do abraço mais amoroso, do colo que mais acalenta e das palavras que mais me colocam no eixo. E eu desejo a ela saúde, saúde e saúde! E desejo também que hoje, depois de dois anos, eu possa abraçá-la e sentir seu cheiro, que deixa minha alma mais calma”, escreveu.

 

Natural de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Aracy Balabanian estreou na televisão em 1965 ao protagonizar “Antígona”, de Sófocles, numa versão teleteatral pioneira da TV Tupi. Antes disso, a então jovem artista — formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP) — se destacou pela atuação nos palcos em espetáculos do grupo Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC.

De lá pra cá, ela sempre se dividiu entre os tablados e os estúdios televisivos. Filha de imigrantes, Aracy teve a paixão despertada pelo teatro ainda criança, quando já morava em São Paulo e foi levada pelas irmãs mais velhas para assistir a uma peça de Carlo Goldoni com a companhia de Maria Della Costa. “Chorei muito. Estava emocionada porque era aquilo que eu queria”, relembrou ao “Memória Globo”.

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