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Cultura

Artistas de Garanhuns ganham destaque no palco do FIG 2023

Os cantores Adalberto, Bella Kahun, Paulo Café e Revoredo comemoram espaço destinado aos artistas da terra na 31º edição do festival

Revoredo chamou ao palco vários artististas da cena da música de Garanhuns Revoredo chamou ao palco vários artististas da cena da música de Garanhuns  - Foto: Felipe Souto Maior-SecultPE-Fundarpe

Nunca houve tantos artistas naturais de Garanhuns fazendo shows no FIG quanto nesta 31ª edição. Os cantores Adalberto, Bella Kahun, Paulo Café e Revoredo estiveram no palco do festival para apresentar a música produzida na terra. Todos os dias, em todos os palcos, há músicos de todos os gêneros e expressões culturais do município marcando presença e encantando o público na festa.

Para Adalberto, garanhuense e vocalista do grupo Cantoria Crua, o sentimento de felicidade é inexplicável. “Foi indescritível estar ali, justamente no dia que homenageava Dominguinhos e no palco que leva o nome dele. E foi muito importante também não só pra gente e pro tipo de música que a gente faz, mas pra todo nordestino que compõe, que toca, que canta, enfim, ficamos muito gratos”, disse.

“A diferença dessa edição para as outras, é que esse ano os artistas de Garanhuns como um todo estiveram nos melhores palcos, muito bem representados”, completou. Adalberto lembra emocionado que desde a adolescência esperava ansioso pela época do festival para assistir os shows.

“Eu sou nascido, criado e vivido aqui em Garanhuns, então o FIG pra mim é uma das maiores referências, é o espaço onde a música e a arte impregnaram no meu juízo. É aqui que eu consegui ter acesso a muita coisa que eu jamais teria se não existisse o festival. Tocar no Festival de Inverno é um sonho realizado, além de ser um lugar de direito que lutei muito pra conquistar”, resumiu um dos fundadores da Cantoria Crua.

Nome da novíssima geração da música pernambucana, Bella Kahun até o último ano de festival estava na plateia assistindo as atrações e esse ano subiu ao palco Pernambuco Lo-Fi para um público que lotou o espaço. “Foi muita felicidade, mas não aquela felicidade de gratidão, mas sim de dever cumprido em um local que eu sempre almejei”. 

De acordo com Bella, o público do festival tem esse desejo de se ver representado nos palcos por artistas da região porque isso fortalece a identidade do “Foi literalmente tocar na minha casa, sabe? E o público quer ver isso, porque é um festival multicultural. Então tem que ter o nosso espaço para as pessoas saberem que a nossa terra produz muito artista incrível”. Bella Kahun vem construindo uma carreira elogiada ao misturar R&B com ritmos variados, como brega, pop e bolero.

A cantora afirma que presenciar seus amigos da vida toda tocando no FIG é uma enorme realização. “Por exemplo, eu tinha 14 anos quando conheci Paulo, tenho e sempre tive admiração. É muito gostoso ver os meus amigos no palco e a gente tá marcando muita presença nesse festival e isso é lindo”, conta a cantora que fez participação no show de Paulo Café e também no Alexandre Revoredo.

Para Paulo Café, o sentimento de tocar no FIG esse ano foi como se apresentar no quintal de casa para pessoas queridas. “Tocar pra um monte de amigo, um monte de gente que participou dessa construção, é outra coisa. Eu não consigo nem descrever a felicidade que eu senti”, disse.

O cantor revela que o show já rodou ao Rio de Janeiro, Natal e até em Buenos Aires, mas nenhum se comparou com a sensação de tocar no festival de Garanhuns. “O festival é uma virada de chave pra cidade porque Garanhuns é aquela cidade pacata, fria, mas que também é uma explosão de arte que tem várias pessoas, muitos amigos meus inclusive, como Alef Passarinho, Lili Novais, Adalberto, João Euzé e Zé Lucas vivendo de arte”, enumerou. “Pra mim, o FIG foi um dos fatores que me fez criar a minha identidade, me entender como artista ao ter acesso a diversas culturas, tudo de forma acessível, foi fundamental”.

Essa é a décima sexta vez que o músico Alexandre Revorêdo toca no Festival de Inverno de Garanhuns e segundo ele a sensação é a mesma que na primeira vez. “Estou muito feliz em tocar esse ano no Palco Mestre Dominguinhos que é um espaço representativo da minha cidade, da minha terra. Eu subi no palco do FIG pela primeira vez em 2001 e de lá pra cá venho trilhando uma estrada bonita junto com a festa”, comemorou.

Para além do espaço único para os artistas e da tradicional vitrine que é o festival, Revoredo enxerga no FIG um evento catalisador e impulsionador econômico e social da cidade. “O FIG é um evento que nasceu aqui na nossa terra, e foi crescendo de uma forma muito orgânica. É uma culminância do que toda a arte pernambucana de todas as linguagens têm criado durante o período”, resumiu o músico. “Além disso, é uma política afirmativa de fortalecer a cultura e também de prover o acesso à cultura. Então é muito importante pra todo o mundo, pro público, pro comércio, pros artistas. Ele move toda uma rede porque ele é um símbolo do Estado”, concluiu.

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