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Experimento híbrido

Artistas unem literatura e artes visuais em obra sobre o Recife e a pandemia

"Para um amor no Recife – Para caber numa narrativa" mistura textos, fotografias, animações e filmagens

"Para um amor no Recife – Para caber numa narrativa""Para um amor no Recife – Para caber numa narrativa" - Foto: Ricardo Maciel/Divulgação

Definido por seus criadores como um experimento híbrido, “Para um amor no Recife – Para caber numa narrativa” une as produções literárias dos escritores Cleyton Cabral e Paulo André Viana. Criado em conjunto com o filmmaker Ricardo Maciel, o vídeo de cerca de 20 minutos mergulha nas inquietações dos artistas em meio à pandemia. 

Produzida por meio da Lei Aldir Blanc, a obra poderá ser vista nesta quinta-feira (8) e na sexta-feira (9), às 20h, com bate-papo após as exibições, pela plataforma Zoom. Para participar, é preciso se inscrever preenchendo um formulário. Após o lançamento, o trabalho ficará disponível para visualizações no YouTube. 

“O Recife não está só no título, que homenageia a música do Paulinho da Viola. Paramos para pensar na cidade e ela é de fato a grande personagem do trabalho”, comenta Cleyton. Em pleno sábado de carnaval, seguindo os protocolos sanitários vigentes, os artistas passearam pelas ruas que fazem parte do trajeto do Galo da Madrugada e que desta vez não estavam tomadas pelos foliões. 

O registro da visita, assim como o relato criado a partir dela, integram a narrativa que abre o vídeo. Outras filmagens, fotografias e animações integram o material visual do projeto, além de diários, contos, crônicas e poemas. 

Os textos, que surgem declamados por seus autores ou transcritos na tela, são recortes de uma produção literária que não cessou com o isolamento social. Sentimentos como solidão e angústia, além de indignação política,  

“Como escritores, somos movidos pelas histórias que a gente vê e vive na rua diariamente. Ficamos impedidos de observar a cidade e as pessoas, mas continuamos criando. Mesmo com tantas dores, tentamos tirar um pouco de poesia disso tudo”, aponta Cleyton. 

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