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CINEMA

Assistir a filmes ativa 24 redes do cérebro humano, diz estudo

Durante o estudo, 176 participantes assistiram a 60 minutos de filmes, como "A Origem", "Esqueceram de Mim" e "Ocean's 11"

Pesquisadores criaram o mapa mais detalhado das redes funcionais do cérebro usando dados de pessoas assistindo a filmes, incluindo 'A Origem', 'Esqueceram de Mim' e 'Erin BrokovichPesquisadores criaram o mapa mais detalhado das redes funcionais do cérebro usando dados de pessoas assistindo a filmes, incluindo 'A Origem', 'Esqueceram de Mim' e 'Erin Brokovich - Foto: Freepik

Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), liderados pelo neurocientista Reza Rajimehr, realizaram a primeira tentativa de mapear as redes cerebrais durante momentos mais rotineiros, como assistir filmes.

Ao contrário de muitos estudos que monitoram o cérebro em repouso, essa pesquisa focou em como o cérebro se comporta ao processar estímulos externos ricos, como os que encontramos nas telas de cinema. Durante o estudo, 176 participantes assistiram a 60 minutos de filmes, como "A Origem", "Esqueceram de Mim" e "Ocean's 11", enquanto suas atividades cerebrais eram monitoradas por meio de ressonância magnética funcional (fMRI).

 

Descobertas cerebrais
Os cientistas identificaram 24 redes cerebrais distintas que foram ativadas durante a exibição dos filmes, cada uma associada a funções cognitivas específicas, como o reconhecimento de rostos ou a percepção de interações sociais. Essas redes também revelaram como o cérebro lida com diferentes tipos de cenas, como as mais complexas e as mais simples.

Quando os participantes assistiam a cenas desafiadoras, como um plano complicado de assalto, as áreas responsáveis pelo controle executivo, resolução de problemas e tomada de decisões se tornavam mais ativas. Já em cenas mais tranquilas, como diálogos simples, regiões cerebrais especializadas no processamento de linguagem dominavam.

Essa pesquisa não só amplia o conhecimento sobre a atividade cerebral em situações cotidianas, como assistir a um filme, mas também pode ter implicações para a compreensão de distúrbios neurológicos, como esquizofrenia ou autismo.

Além disso, Rajimehr sugere que as descobertas possam até ajudar cineastas a criar filmes mais envolventes, ao entender melhor como os espectadores processam cenas específicas.

Essa análise do cérebro em movimento, associada ao comportamento humano diante de estímulos cinematográficos, apresenta um novo marco na neurociência funcional e abre portas para futuras inovações tanto no campo da saúde quanto da arte.
 

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