Astro de 'Round 6' confirma que não vai ao Globo de Ouro em meio ao boicote da Netflix à premiação
A série de maior sucesso da Netflix também concorre em melhor série televisiva de drama e melhor ator coadjuvante em TV pela atuação de Yeong Su
O ator sul-coreano Lee Jung Jae não estará presente na cerimônia do Globo de Ouro de 2022, embora tenha sido indicado a melhor ator em série de televisão na categoria drama por seu trabalho no K-drama "Round 6".
A série de maior sucesso da Netflix também concorre em melhor série televisiva de drama e melhor ator coadjuvante em TV pela atuação de Yeong Su, no papel do competidor idoso nos jogos que levam pessoas desesperadas a apostarem suas vidas por dinheiro.
Segundo uma nota da agência Artist Company, que representa Jung Jae, "ele está imensamente grato por ter sido indicado na categoria de Melhor Ator no Globo de Ouro, mas decidiu não comparecer à cerimônia". Quanto à razão para sua ausência, foram consideradas as acusações de corrupção à premiação, assim como as críticas por falta de diversidade nas indicações determinadas pelos membros da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood.
"Ele (Jung Jae) reconhece que a Netflix não participa do Globo de Ouro, como tem sido amplamente divulgado em todo o mundo. Ele também tomou a decisão considerando outros fatores, como a situação da Covid-19 e os requisitos de quarentena", acrescenta o comunicado divulgado na noite desta terça-feira.
Leia também
• Round 6: criptomoedas inspirada na série fazem investidores perderem milhões em minutos
• Diretor de Round 6 confirma segunda temporada da série
• Boneca gigante leva visitantes de parque em Seul para dentro da série Round 6
Outras companhias, como Amazon e Warner Media, também expressaram seu descontentamento perante a cerimônia e reforçaram que pretendem não participar de seus eventos. Além disso, a emissora ameicana "NBC" já cancelou seu compromisso de transmitir o programa.
Uma reportagem publicada pelo Los Angeles Times, em fevereiro de 2021, indicava possíveis erros financeiros e ética questionável na definição dos indicados (foi comprovado, por exemplo, que parte do júri aceitou presentes de valor elevado por parte de produtores), e apontava que não havia negros entre os 87 membros votantes.
Também foi abordada uma questão de racismo após "Minari" sair vitorioso na categoria de melhor filme estrangeiro, mesmo que tenha sido obra de uma produtora americana e escrito e dirigido por um coreano-americano. O Globo de Ouro justificou sua determinação porque mais da metade do filme não era em inglês.
Apesar de a associação anunciar que alterou regras internas e, com isso, tornou longas em língua não inglesa elegíveis para melhor filme — a mudança aconteceu após pressão da opinião pública —, nenhuma produção estrangeira concorre, neste ano, à principal categoria da premiação.