Atração do Lollapalooza, Billie Eilish convive com Síndrome de Tourette há dez anos; entenda
Cantora, que se apresenta no primeiro dia do festival, foi diagnosticada quando tinha 11 anos e disse que não tem espasmos no palco
Principal atração do Lollapalooza nesta sexta-feira, primeiro dia do festival, em São Paulo, a cantora americana Billie Eilish, de 21 anos, convive há dez anos com a Síndrome de Tourette, uma condição neurológica hereditária que pode causar tiques físicos, incluindo espasmos, piscar e pular, ou até mesmo fazer sons com a boca. Xingar sem controle é o sintoma mais reconhecido da doença.
A cantora desabafou sobre a doença, diagnosticada aos 11 anos, quando foi filmada tendo um tique durante uma entrevista para o apresentador David Letterman, no programa My Next Guest, transmitido pela Netflix, em 2022.
"Se você me filmar por um período de tempo, vai ver vários tiques. É muito exaustivo para mim", disse a jovem. "A forma mais comum de reação das pessoas é rir, porque elas acham que estou tentando ser engraçada. Eu sempre fico muito ofendida com isso".
Segundo Billie, os espasmos não costumam aparecer durante apresentações no palco, mas em situações casuais, quando ela está mais a vontade. Outros famosos já revelaram ter a síndrome, entre eles o lutador e ex-BBB Cara de Sapato, o jogador David Beckham, o cantor escocês Lewis Capaldi.
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A condição geralmente começa durante a infância, entre os dois e os 14 anos. Metade dos pacientes diz que seus sintomas melhoram com a idade, enquanto outros desaparecem completamente. Apesar de não ter cura, o tratamento psicológico e a estimulação cerebral profunda, ou seja, a implantação de eletrodos na rede cerebral, são as opções mais eficazes, mas a medida que o número de pacientes com a doença aumenta, os fármacos continuam sendo o pilar para o tratamento de Tourette.
Entretanto, um novo tratamento, que está em fase de testes pode ser lançado em breve para os pacientes com Tourette, afirmam os especialistas. Um dispositivo, semelhante a um relógio de pulso, interfere nas redes cerebrais envolvidas na geração de tiques e envia pulsos elétricos para o nervo mediano do pulso, interrompendo a atividade no cérebro que causa os tiques.