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Assédio

Atrizes assinam carta aberta pedindo investigação de casos de assédio no Reino Unido

Atrizes estão entre 25 nomes da indústria do entretenimento pedindo criação de órgão independente para esse tipo de caso

Cara Delevingne, Carey Mulligan e Keira Knightley: atrizes estão entre signatárias de carta aberta que pede investigação de casos de bullying e assédio na indústria do entretenimento britânicaCara Delevingne, Carey Mulligan e Keira Knightley: atrizes estão entre signatárias de carta aberta que pede investigação de casos de bullying e assédio na indústria do entretenimento britânica - Foto: AFP

Alguns dos principais nomes da indústria do entretenimento britânica divulgaram uma carta aberta nessa quarta-feira (5) pedindo uma investigação independente dos casos de bullying e assédio sexual no Reino Unido. As atrizes Keira Knightley, Carey Mulligan, Rebecca Ferguson e Naomie Harris, a roteirista e diretora Emerald Fennell, e a atriz e top model Cara Delevingne assinaram o documento, de acordo com a revista Variety.

Na carta, o grupo formado por 25 mulheres pede que as instituições britânicas ligadas à indústria criativa financiem um novo órgão de fiscalização, a chamada Autoridade Independente de Padrões da Indústria Criativa, para investigar denúncias na música, no cinema, na TV e no teatro.

“Muitos de nós nesta indústria teriam adorado ter um órgão externo e objetivo ao qual poderíamos recorrer para obter conselhos, mediação e, em circunstâncias muito extremas, para responsabilizar pessoas por comportamentos ou práticas ruins que às vezes acontecem nos nossos sets, nos nossos palcos, nos bastidores. Estamos longe de sermos os únicos a reconhecer essa necessidade”, diz a carta assinada pelas profissionais da indústria do entretenimento britânica.

O movimento Time's Up no Reino Unido vem pedindo a criação da Autoridade Independente de Padrões da Indústria Criativa desde 2021. O financiamento do órgão, apesar de contribuições das redes ITV, BBC e Sky, tem sido lento. A ideia é que a autoridade entre em funcionamento no final de 2024, mas é preciso maior apoio de outras instituições da cultura.

Um relatório divulgado na semana passado, baseado em uma pesquisa realizada com mais de 200 profissionais do entretenimento, revelou que 92% dos entrevistados testemunharam ou experimentaram bullying ou assédio com base em seu sexo ou gênero no local de trabalho.

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