Audiência do Oscar cresce e alcança 19,5 milhões de telespectadores
A bem-sucedida cerimônia viu sua audiência praticamente dobrar em relação à época da pandemia
O triunfo do sucesso de bilheteria "Oppenheimer", duas performances ao vivo de "Barbie" e um divertido número com o ator John Cena quase nu aumentaram a audiência do Oscar pelo terceiro ano consecutivo, alcançando 19,5 milhões de telespectadores, de acordo com os números iniciais da emissora ABC nesta segunda-feira (11).
A bem-sucedida cerimônia viu sua audiência praticamente dobrar em relação à época da pandemia, quando o programa alcançou apenas 10,4 milhões de espectadores. No entanto, continua longe dos 40 milhões registrados uma década atrás.
"Oppenheimer", o drama sobre a bomba atômica do diretor Christopher Nolan, conquistou sete estatuetas na 96ª edição dos prêmios da Academia, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor ator para Cillian Murphy, enquanto "Pobres Criaturas" levou quatro Oscars, incluindo o de melhor atriz para Emma Stone.
Os destaques da noite incluem a apresentação de Ryan Gosling, que cantou "I'm Just Ken", uma divertida balada de "Barbie", o humor bem recebido do apresentador Jimmy Kimmel, e a aparição de Cena, que entregou o prêmio de melhor figurino usando apenas um par de sandálias.
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A publicação Variety descreveu a participação de Gosling como "maximalista e contagiosamente cômica".
Foi "a forma ideal de canalizar a energia positiva de um Oscar no qual a alegria não pareceu forçada, como às vezes pode acontecer", escreveu o portal.
Billie Eilish e seu irmão Finneas também cantaram a música vencedora da noite, "What Was I Made For?", da trilha sonora de "Barbie", e músicos indígenas interpretaram a música indicada pelo filme "Os Assassinos da Lua".
O aumento na audiência é bem-vindo para este tipo de premiação, que tem perdido espectadores à medida que competem com os formatos curtos e rápidos das redes sociais.
Este ano, o Oscar se beneficiou com a presença de dois sucessos globais nas indicações, "Oppenheimer" e "Barbie", o fenômeno "Barbenheimer" que dominou os cinemas em 2023.
Mas o programa em si também recebeu elogios.
O jornal Los Angeles Times, por exemplo, elogiou uma cerimônia "barulhenta e estridente do Oscar" que administrou doses de humor e celebrou a história do cinema, com um toque de comentários políticos na medida certa.
Donald Trump foi um dos milhões que sintonizaram a transmissão no domingo à noite. O ex-presidente dos Estados Unidos publicou uma crítica negativa ao apresentador em suas redes sociais, que Kimmel leu ao vivo durante a última parte da transmissão.
"Obrigado, presidente Trump. Obrigado por assistir. Estou surpreso que você ainda esteja aí... Já não é hora de você ir para a prisão?", brincou Kimmel, arrancando risadas da audiência.
Mas a noite não foi apenas de risos.
Durante a cerimônia, também houve referências sinceras às greves de Hollywood, ao conflito em Gaza e à guerra na Ucrânia.