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Frevo

Audiência Pública discute inserção do frevo nas rádios do Recife

Audiência está marcada para esta quinta-feira (11) na Câmara Municipal do Recife; Marise Rodrigues da Rádio Folha participa do debate

Patrícia Breda e Jota Batista, da Rádio FolhaPatrícia Breda e Jota Batista, da Rádio Folha - Foto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco

De rua, de bloco ou de canção, o frevo é cadência “que entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé” para além do período carnavalesco. Ou ao menos deveria ser em seu nascedouro, Pernambuco, e mais precisamente nas emissoras de rádio do Recife e da Região Metropolitana. Uma realidade que não se faz presente nem sob a imposição da legislação - a Lei Municipal 17.861-2013, cuja teor exige que músicas do ritmo sejam tocadas diariamente no decorrer das programações. E é exatamente para tentar reverter a regra deste não-cumprimento que hoje, às 10h, na Câmara Municipal da cidade, está marcada uma Audiência Pública para discussão sobre “O Momento do Frevo nas Rádios Recifenses”, tendo à frente o vereador Marco Aurélio Filho, autor do projeto que se tornou lei, e a vereadora Liana Cirne.

 

“É lamentável que se precise de uma lei para que as emissoras valorizem o nosso ritmo. O frevo deve integrar a programação de nossas rádios, com inserções no decorrer de todo o dia. É obrigação enaltecer um patrimônio que é de Pernambuco”, explica Marise Rodrigues, gerente-geral da Rádio Folha  (96,7 FM), convidada a participar do debate na Câmara. A emissora, aliás, é uma das poucas do Recife que prestigiam o ritmo e mantém diariamente pelo menos doze veiculações ao longo de sua programação. A Rádio Universitária  (99,9 FM) também integra o rol de exceções.

Por ser o rádio uma concessão federal, a Audiência Pública vai abordar a obediência à Lei Municipal - denominada, inclusive, “Momento do Frevo” que, segundo Marise Rodrigues, teve inspiração na rotina que a Rádio Folha adotou em tocar o ritmo, desde que se tornou Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, em 2007. Vale ressaltar que o ritmo pernambucano também ganhou o reconhecimento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. 

 

A Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe), também participa da audiência, que pode ser acompanhada virtualmente por meio do endereço www.recife.pe.leg.br.

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