Justiça

Audiências sobre herança de Gugu Liberato são adiadas para junho; entenda

Na ação, Rose Miriam di Matteo pede o reconhecimento de sua união estável com o apresentador, morto em 2019

Gugu Liberato e família Gugu Liberato e família  - Foto: Reprodução

O juiz José Walter Chacon Cardoso, da 9ª Vara de Família e Sucessões do Foro Central de São Paulo, adiou para o próximo mês as audiências que ocorreriam nesta terça e nesta quarta. Na ação, Rose Miriam di Matteo pede o reconhecimento de sua união estável com o apresentador Gugu Liberato, morto em 2019.

Na segunda, as gêmeas Marina e Sofia Liberato, filhas dos dois, deram declarações em apoio à mãe. Irmão mais velho das duas, João Augusto, e a irmã de Gugu, Aparecida Liberato, não concordam com o processo. Ao lado deles, um sobrinho do apresentador também preferiu não dar declarações. Os três se mantiveram em silêncio no tribunal.

O objetivo de Rose é comprovar que mantinha uma relação estável com Gugu e que, portanto, deve receber 50% da herança deixada por ele. Nesta semana seriam ouvidas as testemunhas do caso. Agora, as audiências deverão ser realizadas em junho, quando todos serão ouvidos.

O testamento
Gugu deixou um patrimônio avaliado em R$ 1 bilhão para os três filhos e os cinco sobrinhos. De acordo com o testamento, as gêmeas, de 19 anos, e o jovem João, de 21, têm direito a 75% dos bens. O restante, 25%, são divididos entre os filhos de seus irmãos, Aparecida (definida em testamento como a inventariante) e Amandio.

Rose Miriam, que havia ratificado a divisão logo após o enterro, contestou o documento na Justiça. Segundo a mãe dos filhos do apresentador, eles tinham um relacionamento estável e, por isso, ela deveria receber 50% da herança, com o restante dividido entre os filhos.

Desde que Rose entrou na Justiça, iniciou-se uma guerra particular entre a família. Advogados que representam os bens de Gugu alegam que ele deixou para ela, em vida, uma mansão em Alphaville, São Paulo, avaliada em R$ 6 milhões, e US$ 500 mil (R$ 2,4 milhões, na cotação atual) oriundos de investimentos. Rose, no entanto, contesta essa versão, sob a justificativa de que passou duas décadas ao lado do apresentador.

Divisão familiar
As gêmeas Marina e Sofia, emancipadas para que pudessem tomar decisões judiciais por si mesmas, estão do lado na mãe nesta "guerra" de versões. Já o primogênito afirma que as irmãs estão sendo "manipuladas" como parte de uma "aventura fantasiosa" movida pela própria mãe. Ele apoia integralmente a tia Aparecida Liberato.

Os três filhos, que moram nos Estados Unidos, estão no Brasil desde a semana passada para prestar depoimentos no caso. Agora, o destino da herança deverá ser definido em junho. "Todos os elementos comprovam que Rose e Gugu mantinham uma relação pública, notória, duradoura, contínua e com objetivo de constituir família", argumenta o advogado Nelson Willians, defensor de Rose Miriam.

João Augusto insiste que a divisão de bens determinada pelo pai é "incontestável" e lamenta que tenha que se defender "dos desacertos causados infelizmente pela minha mãe e sua família".

A versão da mãe de Gugu
Em fevereiro de 2020, em entrevista ao "Fantástico", a mãe de Gugu, dona Maria do Céu, de 90 anos, incrementou a discussão ao dizer que seu filho e Rose Miriam "nunca tiveram nada". Carlos Regina e Dilermando Cigagna, advogados da família Liberato, validam a declaração de Maria.

Na mesma reportagem, Nelson Wilians, advogado de Rose, rebateu a colocação e reforçou que sua cliente era "a mulher, a esposa, a companheira" de Gugu — e que somente após a morte do apresentador teria surgido "essa história de que ela era uma amiga".

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