Aumento salarial, proteção contra IA: entenda o acordo que encerrou a mais longa greve de Hollywood
Analistas calculam que a indústria acumulou perdas de R$ 31,7 bilhões com a paralisação
Os atores de Hollywood e os estúdios chegaram a um acordo preliminar na quarta-feira para encerrar a greve que paralisou a indústria do entretenimento nos Estados Unidos por quase quatro meses, atrasou centenas de produções e custou bilhões de dólares à economia americana. O Sindicato de Atores (SAG-AFTRA) anunciou que a greve acabou à meia-noite de Los Angeles (5h de Brasília nesta quinta-feira).
Foi a primeira vez que atores e roteiristas entraram em greve simultaneamente desde 1960. Analistas calculam que Hollywood acumulou perdas de US$ 6,5 bilhões com a paralisação, principalmente devido à perda de salários.
O acordo, segundo o SAG-AFTRA, "inclui aumentos salariais mínimos 'acima da média', dispositivos sem precedentes em termos de consentimento e compensação que protegerão os afiliados da ameaça da IA e, pela primeira vez, estabelece um bônus de participação em streaming".
As partes chegaram a acordo sobre o salário mínimo, com um aumento de quase 8% em comparação ao contrato anterior. O índice é menor do que o que os atores desejavam, mas é o aumento mais expressivo em décadas - acima do obtido pelos roteiristas.
Também alcançaram um acordo para definir uma estrutura de bônus para compensar os protagonistas de séries ou filmes com muitas visualizações nas plataformas de streaming, assim como proteções no que diz respeito à IA, um dos principais pontos de divergência na reta final das negociações.
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Os atores temem o uso da IA para clonar suas vozes e imagens. A categoria desejava regras mais rígidas sobre compensação e consentimento que os estúdios devem obter.
Também foi alcançado um acordo a respeito da "propriedade" dos estúdios sobre as imagens das estrelas após sua morte.