Beyoncé faz história no Grammy e Harry Styles ganha Álbum do Ano
A cantora se tornou a tornou a artista mais premiada com 32 estatuetas
Beyoncé fez história neste domingo (5) em Los Angeles ao se tornar a artista com mais Grammys da história, apesar de seu álbum dançante "Renaissance" não ter conquistado o gramofone de Álbum do Ano, prêmio que foi para "Harry's House", de Harry Styles.
A cantora americana de 41 anos foi aplaudida de pé ao receber seu quarto troféu da noite, que a tornou a artista mais premiada com 32 estatuetas, uma acima do diretor de música clássica Georg Solti.
"Estou tentando não ser muito emotiva", disse ela à beira das lágrimas ao agradecer ao gramofone por Melhor Álbum Dance/Eletrônica com seu aclamado "Renaissance", uma ode à cena dance e disco que revolucionou a cena cultural dos Estados Unidos na década de 1970.
Beyoncé liderou com nove indicações e reinou com quatro Grammys, o maior número de prêmios para uma artista, na 65º edição do Grammy, realizada em Los Angeles.
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Por outro lado, um impressionado Harry Styles agradeceu o reconhecimento de seu terceiro álbum "Harry's House".
"Em noites como essa, obviamente é importante lembrarmos que não existe o melhor na música", disse Styles visivelmente impressionado. "Fui inspirado por todos os artistas desta categoria", acrescentou, referindo-se a um prêmio que foi disputado, além de Beyoncé e Adele, por gigantes como Kendrick Lamar, Lizzo e Bad Bunny.
O cantor e compositor de 29 anos cantou anteriormente seu grande sucesso "As It Was" para a nata da música reunida na arena Crypto.com da cidade californiana. Ganhou o gramofone de Melhor Álbum Pop do Ano com a mesma produção.
A cantora britânica Adele, que recebeu sete indicações por seu álbum introspectivo "30", fechou este domingo com apenas uma estatueta, de Melhor Performance Pop Solo.
Indicadas para as principais categorias da noite, os especialistas observaram um duelo tácito entre ela e Beyoncé, em comparação com o cenário de seis anos atrás, quando as divas também foram avaliadas pelos cobiçados prêmios.
No entanto, este domingo trouxe surpresas.
"Você mudou a minha vida"
A veterana Bonnie Raitt causou aplausos e surpresas ao levar o Grammy de Canção do Ano com "Just Like That", seu terceiro troféu nesta edição, enquanto Lizzo com "About Damn Time" levou o troféu de Gravação do Ano.
"Na quinta série, matei aula para ver você. Você mudou a minha vida", disse Lizzo a Beyoncé enquanto recebia seu gramofone.
A cantora americana Samara Joy ganhou o Grammy de Melhor Artista Revelação, categoria que este ano foi disputada por uma lista eclética de candidatos, incluindo a banda italiana Maneskin e a cantora brasileira Anitta.
Brandi Carlile e o rapper Kendrick Lamar, outros favoritos desta edição, fecharam o dia com três prêmios cada, enquanto a estrela do pop Taylor Swift somou mais um prêmio em sua estante.
Apresentada pelo comediante Trevor Noah, a gala também contou com apresentações que agitaram a multidão, incluindo um extenso número de hip hop que incluiu grandes nomes como Dr. Dre, Queen Latifah e Missy Elliot.
Também entraram em cena a artista trans Kim Petras e Sam Smith, também vencedores de um Grammy, e o encerramento ficou a cargo do DJ Khaled.
EGOT
A atriz americana Viola Davis viveu mais um dos grandes momentos da noite ao vencer no domingo um Grammy de Melhor Livro de Áudio, Narração e Gravação de Contação de Histórias com a sua biografia "Em Busca de Mim", que a tornou na 18ª artista a alcançar o cobiçado status EGOT (Emmy , Grammy, Oscar e Tony).
"Escrevi este livro para homenagear a Viola de seis anos, honrá-la, honrar sua vida, sua alegria, seu trauma, tudo", disse Davis, de 58 anos, ao receber o prêmio.
Davis ganhou um Emmy em 2015 por seu papel principal na série dramática "How to Get Away with Murder" e um Oscar em 2017 de Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em "Um Limite Entre Nós", cuja versão teatral também lhe rendeu um Tony, o segundo de sua carreira.