Blake Lively acusa Justin Baldoni de tentar intimidá-la após denúncia de assédio no set de filme
Disputa entre os dois escalou desde dezembro de 2024, quando Lively apresentou uma queixa no Departamento de Direitos Civis da Califórnia
Horas após Justin Baldoni, diretor de "É assim que acaba", entrar com um processo de US$ 400 milhões contra Blake Lively e Ryan Reynolds por difamação e extorsão, a atriz respondeu com contundência, acusando o diretor de seguir o que especialistas chamam de "manual do agressor".
A polêmica é mais um capítulo de uma disputa que começou com acusações de assédio sexual feitas por Lively em dezembro de 2024 e tomou proporções judiciais e midiáticas envolvendo ambos os lados.
Em um comunicado divulgado por seus advogados, Lively afirmou que o processo de Baldoni é uma tentativa de desviar o foco das acusações de assédio sexual feitas contra ele. “Esta é uma estratégia clássica: negar, atacar e reverter a posição de vítima e ofensor”, destacaram os advogados da atriz. Segundo eles, Baldoni tenta inverter os papéis ao pintar a atriz e seu marido como vilões na narrativa.
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Acusações cruzadas entre atores
O processo de Baldoni, protocolado nesta quinta-feira (16), alega que Blake Lively e Ryan Reynolds usaram o longa "É assim que acaba" como parte de uma campanha coordenada para destruí-lo. A ação menciona extorsão civil, difamação e invasão de privacidade, além de destacar que o casal teria manipulado o filme em busca de aclamação.
Baldoni afirma que o comportamento de Lively e Reynolds causou danos irreparáveis a ele e à Wayfarer Studios, sua produtora, e busca um julgamento por júri para reparar o que chama de "verdade distorcida".
A disputa entre os dois escalou desde dezembro de 2024, quando Lively apresentou uma queixa no Departamento de Direitos Civis da Califórnia, acusando Baldoni de criar um ambiente de trabalho hostil durante as filmagens.
''Manual do agressor''
Documentos divulgados à imprensa relatam episódios de assédio em que o diretor teria feito comentários inapropriados sobre o peso de Lively, suas roupas, e discutido temas sexuais em reuniões com o elenco. A atriz também acusou Baldoni de tentar minar sua credibilidade ao lançar ataques pessoais contra ela na imprensa.
Entre as alegações de Lively estão pedidos feitos durante as gravações para limitar o comportamento de Baldoni, incluindo evitar referências a seu vício em pornografia, comentários sobre a genitália de colegas e a inclusão de cenas de sexo fora do roteiro.
A atriz afirma que, além do impacto profissional, o comportamento de Baldoni trouxe sofrimento emocional a sua família, incluindo seu marido, Ryan Reynolds, que também participou de uma reunião sobre os problemas no set.
O caso ganhou ainda mais atenção após reportagem do "New York Times", que publicou mensagens de texto e detalhes das acusações de Lively. Baldoni, por sua vez, acusou o jornal de colaborar com a atriz para difamá-lo, levando-o a processar o veículo por US$ 250 milhões.
As disputas judiciais também envolvem outras figuras ligadas a Baldoni, incluindo sua publicitária e a cofundadora da Wayfarer Studios.