"Bridgerton": primeira parte da terceira temporada estreia nesta quinta-feira; leia a crítica
Novos episódios focam no romance entre Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e Colin Bridgerton (Luke Newton)
Está aberta a temporada de “caça aos pretendentes” na apaixonante Londres de “Bridgerton”. A comentada série da Netflix retorna nesta quinta-feira (16) para o seu terceiro ano, com uma trama cheia de romance e, agora, focada no florescer de um novo casal: Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e Colin Bridgerton (Luke Newton).
Baseada na série de romances da escritora Julia Quinn, a produção audiovisual optou por subverter a ordem original dos livros e antecipar a história de amor entre amigos de infância. Um acerto, já que a relação entre os personagens já vinha sendo muito bem trabalhada nos anos anteriores e corria o risco de “esfriar” se o seu desfecho levasse mais algum tempo para acontecer.
A primeira leva de quatro episódios já está disponível na plataforma de streaming. Neles, acompanhamos o desabrochar de Penelope, após os reveses sofridos no final da temporada anterior. Brigada com Eloise (Claudia Jessie), sua única amiga, a ruiva se sente ainda mais solitária e teme viver o resto de seus dias presa à companhia da mãe e de suas intragáveis irmãs.
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Em uma sociedade patriarcal como a da nobreza britânica no início do século 19, a única saída encontrada por Pen para obter a tão sonhada liberdade é o casamento. Para isso, ela resolve se empenhar e “sair das sombras”, indo em busca de um marido que seja, ao menos, gentil e respeite sua privacidade.
A estratégia da protagonista para conquistar o almejado matrimônio consiste em mudar o visual e receber conselhos amorosos de um velho amigo. Ao retornar de suas viagens de verão, Colin percebe que Penelope passou a tratá-lo com indiferença. Querendo reconquistar o carinho da amiga, ele resolve ensiná-la a ser mais confiante em uma conversa com os homens. Quando suas aulas começam a dar certo, no entanto, ele percebe um sentimento inesperado brotar. O que era apenas amizade virou algo mais forte.
Menos "quente"
Diferente dos anos anteriores, a terceira temporada de “Bridgerton” entrega ao público um romance construído aos poucos e ao longo de três temporadas inteiras. A expectativa dos fãs em ver os personagens finalmente juntos já é um “meio caminho andado” para o roteiro conseguir fisgar o público. Ao menos nos capítulos iniciais, a relação é menos sexual do que as vividas pelos casais protagonistas anteriores.
É certo que grande parte do sucesso do casal se deve ao carisma de Nicola Coughlan, que conseguiu construir uma personagem encantadora e cheia de camadas. Luke Newton, no entanto, não apresenta um desempenho equiparável e parece sofrer com a mudança repentina de personalidade - e também de visual - de seu Colin, que surge bem mais despudorado e galanteador do que nas temporadas iniciais.
Com o gancho apresentado no quarto episódio, resta esperar que os próximos capítulos - previstos para 13 de junho - tornem a dinâmica entre Pen e Colin mais vigorosa. Além disso, a possível revelação da dupla identidade da jovem - que é a escritora por trás das linhas mordazes de Lady Whistledown - e sua implicação no relacionamento com o amado pode ser um aditivo empolgante à narrativa.
Tramas paralelas
As grandes surpresas da terceira temporada de “Bridgerton” estão mesmo em suas história paralelas, que acrescentam à trama novos arcos a serem desenvolvidos em temporadas anteriores. Destaque para o debute de Francesca (Hannah Dodd), mais introspectiva filha da família Bridgerton, e seu aparente desinteresse pelo amor.
Após cortar relações com Penelope, Eloise encontra companhia na terrível Cressida Cowper (Jessica Madsen). A amizade pouco provável entre as duas torna possível conhecermos melhor a antagonista, com suas inseguranças e seu contexto familiar, tornando-a uma personagem mais agradável aos olhos do público.
Will (Martins Imhangbe) e Alice (Emma Naomi) são inseridos na alta sociedade, após a herança de uma tia distante conferir ao filho mais velho deles um título de nobreza. O casal enfrenta dificuldades para lidar com a nova vida, sofrendo pressões diversas.