Briga judicial entre Blake Lively e Justin Baldoni: diretor promete ação que chocará a todos em 2025
Após ser acusado de assédio e difamação, Baldoni planeja responder atriz de 'É assim que acaba' com um contraprocesso
A batalha legal entre Blake Lively e Justin Baldoni, atriz e diretor de "É assim que acaba", ganhou um novo capítulo. Agora é o time legal de Baldoni que anunciou um contra-processo. Segundo uma reportagem publicada no sábado pelo Daily Mail, Baldoni, junto com seu sócio Jamey Heath e vários publicitários, estaria preparando uma ação contra Lively e sua equipe de relações públicas. Segundo o ator e diretor, a ação “chocará a todos”.
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O processo, previsto para ser apresentado logo após o Ano Novo, contesta as acusações de Lively de má conduta no set e represálias, alegando que a equipe da atriz orquestrou uma campanha para prejudicar a reputação de Baldoni.
O advogado do ator, Bryan Freedman, afirmou que Lively e sua equipe estão tentando destruir a reputação do seu cliente. Ele alega que a equipe de relações públicas de Lively foi responsável por espalhar rumores sobre Baldoni, incluindo a criação de falsas alegações de assédio no set de “É Assim Que Acaba” .
"É assim que acaba, adaptação cinematográfica do best-seller de Colleen Hoover, é um sucesso de bilheteria — e, aparentemente, de tretas. O filme, que já arrecadou US$ 93 milhões em bilheteria no mundo desde a estreia, em 9 de agosto, tem dado o que falar pela relação entre a protagonista e produtora, Blake Lively, e o diretor e ator, Justin Baldoni.
Um dos principais temas do filme é violência doméstica e essa abordagem, nos bastidores, levou a uma série de desentendimentos entre o diretor e a estrela principal.
Entenda o caso
A querela jurídica começou em 20 de dezembro, quando Lively apresentou uma denúncia de 80 páginas ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia, acusando Baldoni de comportamento inadequado no set. A atriz também alega que Baldoni mobilizou uma campanha de difamação contra ela durante a divulgação do filme, em agosto passado, e afirma que o comportamento dele causou a ela e a sua família "graves danos emocionais".
Baldoni nega todas as acusações, e sua equipe jurídica, liderada por Bryan Freedman, promete apresentar evidências para contestar as alegações.
O que diz a denúncia de Blake Lively
Segundo a revista Variety, uma reunião foi realizada em janeiro de 2024 para tratar das alegações de Lively e das exigências dela para retornar ao trabalho no filme após o fim das greves de atores e roteiristas. O marido de Lively, Ryan Reynolds, teria participado da reunião.
Ainda segundo a publicação, na reunião, atriz revelou que o diretor teria falado sobre o peso dela e a pressionado para que falasse sobre religião. Baldoni também teria comentado sobre sua própria vida sexual de forma inapropriada. Blake Lively também disse que Jamey Heath, um dos produtores do filme e CEO da Wayfarer Studios, teria mostrado a ela um vídeo da esposa nua dando à luz. Os dois, segundo a artista, também teriam entrado no trailer de maquiagem dela sem autorização, “inclusive quando ela estava amamentando o filho pequeno”. A denúncia apresentada à justiça afirma ainda que “as preocupações levantadas por (Lively) não eram apenas por ela, mas também pelas outras mulheres do elenco e da equipe, algumas das quais também haviam se manifestado.”
Baldoni também teria tentado adicionar mais cenas de sexo ao roteiro, o que a atriz conseguiu barrar. Para voltar a gravar o filme, ela exigiu a presença de um coordenador de intimidade 100% do tempo nos estúdios e também um produtor independente. A Sony Pictures, distribuidora do filme, e o Wayfarer Studios teriam aprovado os pedidos de Lively, mas a denúncia alega que ator posteriormente recorreu a “manipulação social” e lançou uma campanha para “destruir” a reputação da atriz.
A denúncia apresentada ao Departamento de Direitos Civis da Califórnia, segundo a revista "Hollywood Reporter", inclui 22 páginas de mensagens enviadas pelo assessor de imprensa de Baldoni para Melissa Nathan, da TAG, empresa de relações públicas, nas quais ele afirma que "quer sentir que (Blake Lively) pode ser enterrada". Melissa, então, respondeu: "não podemos escrever que vamos destruí-la." A TAG já trabalhou com Johnny Depp, Drake e Travis Scott.
A divulgação do filme
Adaptação cinematográfica do best-seller de Colleen Hoover, o filme foi um sucesso de bilheteria, mas um caos de divulgação. Para entender o que aconteceu nos bastidores, é preciso ter em mente a história do filme: Lily Bloom (Blake) é uma mulher que começa uma nova vida em Boston, abrindo uma floricultura. Lá, conhece o charmoso neurocirurgião Ryle (Baldoni), com quem começa um relacionamento. Mas o namoro começa a trazer à tona traumas do relacionamento dos pais dela.
Um dos principais temas do filme é violência doméstica e essa abordagem entrou em disputa nos planos de divulgação. Segundo a denúncia de Blake, foi acordado contratualmente que o elenco do filme o promoveria com foco “mais na força e resiliência de Lily, em vez de descrever o filme como uma história sobre violência doméstica.” Eles também deveriam “evitar falar sobre o filme de maneira que o fizesse parecer triste ou pesado —é uma história de esperança.”
No entanto, Baldoni não cumpriu essa obrigação e passou a destacar os aspectos mais sérios da história a partir da violência doméstica. De acordo com os documentos obtidos pela "Hollywood Reporter", o ator e sua equipe fizeram isso para justificar o fato de muitos membros do elenco e da equipe do filme terem deixado de segui-lo nas redes sociais e se recusarem a aparecer com ele em público. “Nesse sentido, ele e sua equipe usaram ‘conteúdo de sobreviventes de violência doméstica’ para proteger sua imagem pública,” afirma a denúncia.