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Música

Bruno Lins lança novo disco inspirado pelo isolamento social

"Vou Deixar Pra Chorar Depois" conta com 10 faixas inéditas e já está disponível em plataformas musicais

Bruno Lins lançaBruno Lins lança - Foto: Divulgação

Mesmo em um período difícil como o atual, a música pernambucana nunca lanço tantas novidades. O isolamento social tem servido de inspiração para muitos artistas, como por exemplo, o novo disco do cantor e poeta pernambucano Bruno Lins. Misturando regionalidade, Reggae, Rock e  MPB, Vou Deixar Pra Chorar Depois conta com 10 faixas inéditas e já está disponível em plataformas musicais.

O fundador da celebrada banda Fim de Feira, volta a produzir um novo álbum três anos após o seu último lançamento, Vereda Caminho. O novo disco, como não poderia deixar de ser, é fortemente impactado pelos novos paradigmas impostos pela pandemia da Covid 19. O novo disco de Bruno traz nove músicas inteiramente compostas pelo artista. São letras que versam sobre o dia-a-dia de um novo mundo que se impõe e sobre o olhar de um músico e cidadão, impossibilitado de realizar seus shows e diante das imposições de novas regras de convivência. Nesse aspecto, o pernambucano busca na música e na poesia um refúgio, um respiro fora do acidente da vida real.

De acordo com Bruno, o processo de criação do disco se deu já no início da pandemia. “Eu não tenho um método específico de composição e por isso elas chegaram a partir de estímulos, de sentimentos e coisas que leio, assisto e ouço. Posso dizer que foi uma espécie de catarse e o disco acaba refletindo um momento difícil, de muita incerteza, indignação, mas também de ternura, autoconhecimento e esperança”, disse.

“Com o lockdown mais rigoroso eu passei a ler notícias de animais que começaram a aparecer nas cidades, peixes voltando a rios e lagos, aqui mesmo em casa o entorno se encheu de pássaros que há muito tempo eu não via. Tudo isso porque a gente simplesmente deixou de sair de casa e poluir o ambiente. Essa foi uma das centelhas para compor”, explicou. O disco foi gravado em Recife, no Estúdio Carranca e nos home studios dos músicos. As edições são de Luccas Maia, Vinícius Aquino assina a mixagem de som enquanto Júnior Evangelista é o responsável pela masterização. A produção Executiva é da Theia Produtores Associados (Guilherme Patriota), com realização da Vereda Caminho Produções. O material foi aprovado no Edital Estadual da Lei Aldir Blanc.

Entre as canções do disco, “Alma lavada”, provoca uma reflexão sobre a relação do homem com a natureza, fala das atitudes que nos fizeram chegar a uma crise de proporções mundiais, mesma temática de “Trilhos do Planeta”, ao passo que “Arrumação”, feita em parceria com o compositor Revoredo, trata das pequenas coisas do cotidiano, descobertas e reinventadas pelo simples ato de não poder sair de casa: “é tempo de arrumar toda bagunça que há”, diz o refrão da música que segue a mesma temática de “Cem anos de solidão”, faixa que conta com arranjo e participação do instrumentista pernambucano Alexandre Rodrigues.

Outra participação marcante é a da cantora Maria Pérola, que divide os vocais com Bruno, em “Saudade sem fim”. Thiago Rad, antigo parceiro e integrante da banda Fim de Feira assina a Produção Musical do disco. A base de músicos, aliás, permanece a mesma de outros trabalhos do artista, com o próprio Rad nas guitarras e baixo, Marcio Silva na bateria, Guga Fonseca nos teclados, Lucivan Max na percussão e Bruno Lins nos vocais e violões. Além das participações de Antônio Muniz, no acordeón, Chico Botelho no sax e do próprio Alexandre Rodrigues, o Copinha, nas flautas, pífanos e clarinete.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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