Camisa usada por Janja em entrevista esgota em site de estilista brasileiro
Peça criada pelo designer mato-grossense Airon Martin custa R$ 2.580,00 e deu "sold out" no prazo de uma semana
Uma camisa da marca Misci esgotou no site da loja depois que a futura primeira-dama do Brasil, a socióloga Rosangela da Silva, conhecida como Janja, usou uma peça em entrevista ao programa "Fantástico". A aparição com o modelo criado por Airon Martin foi em 13 de novembro e, nos dias seguintes, o estilista percebeu um aumento repentino nas buscas pelo produto.
"Esgotaram. Tentamos repor alguns tamanhos, mas esgotaram sim", disse o estilista mato-grossense. A informação foi inicialmente publicada pelo "Estadão" e confirmada pelo GLOBO.
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Janja deu a entrevista vestindo uma "camisa manga longa seda matria off". A peça é descrita como "moderna, chique e para todos os corpos" e tem "modelagem reta e ombros deslocados", "botões aparentes, feitos em ureia reciclável" e "lapela de alfaiataria de bolso não utilitário". Cada unidade custa R$ 2.580,00.
O modelo usado por Janja esgotou no prazo de uma semana, "fora os clientes que vieram e compraram outras coisas e disseram que conheceram através dela [Janja]", explicou Martin.
"Coincidiu também na época do nosso desfile na São Paulo Fashion Week, mas percebemos nas reuniões do comercial que muita gente procurou a marca porque conheceu através dela [Janja]. Isso é um termômetro importante de ser dito. Fora o produto direto que esgotou no site, muita gente que comprou outras coisas falou que veio através dela", afirmou Martin, em entrevista ao GLOBO.
O mato-grossense considera importante o fato da primeira-dama ter escolhido uma pela sua para uma aparição com tanta visibilidade.
"Acho muito relevante a história dela incentivar a indústria premium nacional, que a Misci diz muito sobre resgatar o melhor do Brasil e da indústria brasileira", afirmou.
Após a aparição de Janja com a camisa, o estilista sofreu ataques de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Martin atribui as ofensas recebidas ao machismo.
"[Os ataques foram ] por verem uma mulher com voz e consciência de consumo fazendo algo que outros governos não fizeram, valorizar e incentivar a indústria nacional", disse."E são burros né, eu não estou vestindo ninguém, ela é uma cliente", finalizou.
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