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CINEMA

''Câncer com Ascendente em Virgem'' usa Suzana Pires para quebrar tabus do câncer de mama

Filme brasileiro, que estreia nesta quinta-feira (27), tem Marieta Severo e Fabiana Karla no elenco

Em ''Câncer com Ascendente em Virgem'' Suzana Pires interpreta a filha de Leda, personagem de Marieta Severo Em ''Câncer com Ascendente em Virgem'' Suzana Pires interpreta a filha de Leda, personagem de Marieta Severo  - Foto: Divulgação/Mariana Vianna

Baseado em uma história real, ''Câncer com Ascendente em Virgem'' ressignifica as relações vividas por Clara, uma mãe e professora de matemática que é diagnosticada com câncer de mama, evitando retratar os tabus da doença. A comédia dramática chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (27), revelando a incapacidade de um tumor maligno definir quem as pessoas com essa condição podem ser. 

Em "Câncer com Ascendente em Virgem’’, acompanhamos a divertida, sarcástica e pragmática Clara, interpretada por Suzana Pires (''De Perto Ela Não É Normal'' e ''Loucas pra Casar''), em filme dirigido por Rosane Svartman (''Totalmente Demais'' e ''Vai na Fé''). Além de lecionar em sala de aula, a protagonista também atua como influenciadora educacional, gerenciando um canal de matemática na internet. 

Outro olhar 
Com a rotina regrada, Clara está acostumada a ter o controle de sua vida profissional e pessoal, principalmente da sua filha adolecente Alice (Nathália Costa). No entanto, com o repentino diagnóstico de câncer de mama, a protagonista vai precisar encarar os desafios e estigmas da doença, manifestando que sua vida não acabou por conta da sua condição.

Se ''Câncer com Ascendente em Virgem'' consegue alternar bem entre o drama e a comédia - com exceção de umas cenas de humor ainda no início do longa -, muito se deve ao elenco do filme. Além da ótima Suzana Pires, Marieta Severo (''A Grande Família'') como Leda, a mãe de Clara, e Fabiana Karla, interpretando a amiga Dircinha, roubam a cena diversas vezes durante o longa. 

A personagem de Severo precisa retornar para a casa da filha, com o intuito de ajudar ela e a neta, concebendo uma poderosa dinâmica a partir da interação entre três gerações de mulheres que possuem diferentes indagações. Além disso, é curioso observar o sincretismo de Leda na sua busca por múltiplas formas de acolher a filha. 

Outra atriz responsável por elevar o debate de ''Câncer com Ascendente em Virgem'' é Fabiana Karla, como vendedora e colega de quimioterapia de Clara. Dircinha tem um importante papel dramático no filme e pode surpreender o espectador que conhece a pernambucana apenas pelo seu lado humorístico, também presente na sua personagem.        

Autodescoberta
''Morte não é o contrário de vida. Morte é o contrário de nascimento. Vida é o que tem no meio'', a frase dita por Dircinha para Clara se torna um ponto de ruptura na jornada de autodescoberta da protagonista. As vulnerabilidades existem, mas elas não podem ser o desfecho dos anseios da protagonista, bem como o câncer de mama não é um presságio de morte. 

É preciso atribuir a veracidade da história de ''Câncer com Ascendente em Virgem'' aos roteiristas Martha Mendonça, Pedro Reinato e Suzana Pires, mas também à produtora Clélia Bessa, que compartilhou a sua luta contra o câncer de mama para o filme. O processo de diagnóstico, aceitação, quimioterapia e conscientização passa pelo relato da curitibana. 

E como diria Simone, na canção ''O Amanhã'', que integra a trilha sonora do filme: ''como será amanhã? Responda quem puder''. 

Confira o trailer:

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