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DOENÇA

Cantor Netinho é diagnosticado com câncer do sistema linfático: entenda os tipos de linfomas

Ele deu entrada no Hospital Aliança Star, em Salvador, no dia 25 de fevereiro, após sentir dores nas pernas

Segundo Netinho, o momento é de total dedicação da equipe médicaSegundo Netinho, o momento é de total dedicação da equipe médica - Foto: Redes Sociais/Reprodução

O cantor Netinho, de 58 anos, foi diagnosticado com câncer do sistema linfático. O artista de 58 anos — que, no passado, já passou por três cirurgias no cérebro e foi submetido à colocação de quatro stents — precisou ser hospitalizado depois de sentir fortes dores nas costas e não conseguir mais andar.

O comunicado, assinado pela diretoria médica do Hospital Aliança Star, em Salvador, detalha que após a descoberta do linfoma Netinho está com "acompanhamento onco-hematológico", sob coordenação da médica Glória Bonfim, e segue com suporte médico especializado. A nota não informa o estágio da doença, nem como o tratamento será feito.

O linfoma é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, um importante componente do sistema imunológico envolvido na produção de células de defesa, chamadas linfócitos. Existem dois tipos principais de linfoma: de Hodgkin e Não-Hodgkin.

O linfoma de Hodgkin, que atingiu, por exemplo, o ex-treinador da seleção Carlos Alberto Parreira tem a característica de se espalhar de forma ordenada. Já o linfoma não-Hodgkin, como do cantor Jorge Aragão e de outros famosos como o ator Reynaldo Gianecchini, se espalha de maneira não ordenada.

Linfoma de Hodgkin
O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se.

A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.

Os sinais de alerta são o crescimento de linfonodos (ínguas), principalmente no pescoço, axilas e virilhas. O diagnóstico é feito com uma biópsia de um linfonodo aumentado de tamanho.

A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente, como quimioterapia, às vezes, associada à radioterapia. O transplante de medula óssea, pode ser usados em casos de recidiva.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento.

Linfoma Não Hodgkin
O linfoma não Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que se espalha de maneira não ordenada. Este tipo de câncer é considerado raro e agressivo, e já foi diagnosticado nos atores Reynaldo Gianecchini, Edson Celulari, Jane Fonda e Michael C. Hall, na ex-presidente Dilma, na dramaturga Glória Perez e no ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, que conseguiram se recuperar após o tratamento.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), existem mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Esse é o tipo de linfoma mais incidente na infância, mas por razões ainda desconhecidas, o número de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos. Os homens são mais predispostos do que as mulheres.

Os sintomas são aumento dos linfonodos do pescoço, axilas e/ou virilha, sudorese noturna excessiva, febre, prurido (coceira na pele) e perda de peso inexplicada.

A maioria dos linfomas é tratada com quimioterapia, associação de imunoterapia e quimioterapia, radioterapia.

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