Cinema

"Casa de Antiguidades": filme estrelado por Antonio Pitanga chega aos cinemas

Longa-metragem entrou na lista de selecionados do Festival de Cannes em 2020

"A Casa de Antiguidades""A Casa de Antiguidades" - Foto: Divulgação

O longa-metragem “Casa de Antiguidades” chega nesta quinta-feira (21) às salas de cinema de nove capitais brasileiras, incluindo o Recife. Com direção de João Paulo Miranda Maria e estrelado por Antonio Pitanga, o filme fez sua estreia mundial no Festival de Toronto, em 2020, e chegou a ser listado como uma das obras que estariam em competição oficial no Festival de Cannes daquele mesmo ano, que acabou cancelado por conta da pandemia de Covid-19.
 


A trama conta a história de Cristovão, um homem simples que deixa o Norte rural em busca de melhores condições de vida no Sul do Brasil. Trabalhando em uma fábrica de laticínios instalada numa cidade de colonização austríaca, ele logo passa a perceber os contrastes culturais e étnicos, sofrendo com a solidão e o preconceito dos moradores locais.

Em entrevista à Folha de Pernambuco, João Paulo Miranda Maria falou sobre a escolha de Antonio Pitanga para o papel central do longa. “O mais importante era que fosse alguém que incorporasse a história do cinema brasileiro. Para mim, quem tinha essa força era ele”, apontou o diretor, salientando a presença do ator veternano em marcos do audiovisual brasileiro, como “O Pagador de Promessas” (1962) e alguns filmes de Glauber Rocha.


Com poucos diálogos e carregada de simbolismos, a produção trata de temáticas sociais urgentes, ainda que de forma indireta, abrindo espaço para as interpretações do público. “No roteiro, nunca especifiquei o personagem como um homem negro. Naturalmente, as pessoas começaram a falar que era um filme contra o racismo, mas esse não era o primeiro ponto. Eu queria falar sobre intolerâncias de um modo geral”, revela o cineasta.

Embora as reflexões estimuladas pelo enredo captem a atualidade brasileira, João Paulo construiu seu primeiro longa pensando numa narrativa, de certo modo, atemporal. “O Brasil sempre teve ranços e ambiguidades que são apenas disfarçados e deixados debaixo do tapete. E esse é um resquício de muitas gerações. Eu precisava encontrar uma metáfora para falar disso, de um lado sombrio que a gente tenta ignorar”, disse

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