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CRIME

Caso Daniella Perez: relembre o assassinato cometido por Guilherme de Pádua em 1992

Ex-ator contou com a ajuda da então esposa para matar seu par romântico na novela "De corpo e alma"

O caso virou série documental 27 anos depois do ocorridoO caso virou série documental 27 anos depois do ocorrido - Foto: Reprodução/ Twitter

Morto neste domingo (6), depois de sofrer um infarto dentro de casa, o ex-ator Guilherme de Pádua foi responsável por um homicídio que chocou o Brasil nos anos 1990. O assassinato da também atriz Daniella Perez, que virou série documental 27 anos depois do ocorrido, aconteceu na noite do dia 28 de dezembro de 1992. A filha da roteirista Gloria Perez foi encontrada morta a facadas em um matagal na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Oito delas acertaram o coração.

À época do crime, a jovem de 22 anos estrelava a novela "De corpo e alma", escrita pela mãe. Ela dava vida à personagem "Yasmin", par romântico do personagem de De Pádua, "Bira".

Guilherme chegou a consolar a mãe e o marido da vítima no local do crime, antes de revelar a autoria. Na época do assassinato, a jovem tinha 22 anos e era casada com o ator Raul Gazolla. Depois de quatro anos, Guilherme e Paula foram condenados por dois júrias. Ele a 19 anos e ela a 15.

Ele foi solto no dia 14 de outubro de 1999, quando tinha 29 anos. Paula Thomaz deixou a prisão três semanas depois, em 5 de novembro.

O assassinato de Daniella Perez completa 30 anos em 2022. Atriz de "Corpo e alma", novela exibida pela Rede Globo em 1992, a atriz foi brutalmente assassinada por seu colega de trabalho e então par romântico na ficção, Guilherme de Pádua. O rapaz contou com o auxílio de sua esposa, Paula Thomaz, na execução do crime.

Antes de morrer, Guilherme atuava como pastor da Igreja Batista da Lagoinha, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em 2017, 20 anos após a condenação, ele se casou pela terceira vez com a maquiadora Juliana Lacerda.

Condenado a 19 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, Guilherme deixou o regime fechado depois de cumprir apenas um terço da pena (menos de sete anos).

O carro de Guilherme de Pádua, que momentos antes havia consolado e abraçado Glória, fora visto por uma testemunha no local do crime.

O ator confessou informalmente o crime a um dos delegados da 16ª DP, para onde a investigação foi conduzida.

Nenhuma das estratégias deu certo. Cinco anos depois, Guilherme foi condenado a 19 anos de prisão. A pena de Paula foi de 16 anos. Ambos foram soltos após cumprirem um terço da pena.

A mãe de Daniela não se deixou paralisar pela dor. Durante o processo, liderou grande mobilização para mudar a legislação penal. Reuniu 1,3 milhão de assinaturas num abaixo-assinado que aprovou a primeira emenda popular da história do Brasil, tornando o homicídio qualificado crime hediondo.

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