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Caso Jeffrey Epstein: vítima alega que ele gravava e guardava vídeos íntimos de relações sexuais

Sarah Ransome afirma ter sido coagida por Ghislaine Maxwell a se retratar sobre os vídeos

Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell em trecho da série documental 'Who is Ghislaine Maxwell?', da HBO MaxJeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell em trecho da série documental 'Who is Ghislaine Maxwell?', da HBO Max - Foto: Reprodução

Num novo lote de documentos judiciais ligados ao caso Jeffrey Epstein, cujo sigilo foi levantado nesta segunda-feira, uma das vítimas alega que o bilionário costumava gravar e guardar os vídeos de relações sexuais de terceiros em suas propriedades. O magnata foi preso por envolvimento numa rede de abuso e exploração sexual de menores de idade e se suicidou, na cadeia, enquanto aguardava julgamento.

De acordo com a rede britânica BBC, os novos arquivos somam mais de 250 páginas e citam e-mails enviados por Sarah Ransome, que disse ter visto as gravações e reconhecido nelas figuras como os ex-presidentes americanos Bill Clinton e Donald Trump, Príncipe Andrew (irmão do rei Charles III) e o empresário Richard Branson.

Nesta segunda-feira, em entrevista ao programada Good Morning Britain, Sarah Ransome disse ter sido coagida pela amante e parceira de Epstein, a socialite Ghislaine Maxwell, a retirar o que disse — caso contrário, sua família "sofreria danos".

Esta foi a quarta divulgação de registros relacionados ao caso, que vieram a público por ordem da juíza responsável pelo processo de difamação movido em 2015 por outra das vítimas, Virginia Giuffre, contra Ghislaine Maxwell. Protocolada em 2015, a ação terminou com um acordo em 2017. Na esfera criminal, Maxwell foi condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual de menores. Presa, ela recorre da sentença.

Os e-mails de Sarah Ransome, por sua vez, fazem parte de um processo judicial movido por uma empresa que representa o ex-advogado de Epstein – Alan Dershowitz. Ransome diz que foi forçada a ter relações sexuais com o advogado, que nega tê-la conhecido.

Sarah Ransome havia falado sobre os vídeos num contato com um colunista de Nova York, em 2019. A publicação informou, naquele ano, que a mulher admitiu mais tarde ter fabricado a alegação e revelado a preocupação de que a história "criasse dor para a família".

“Gostaria de me retratar de tudo o que lhe disse e afastar-me disto”, disse a Sra. Ransome num e-mail de 23 de outubro de 2016.

Num e-mail não datado incluido como prova no processo de difamação, Ransome diz: “Quando minha amiga teve relações sexuais com Clinton, o príncipe Andrew e Richard Branson, fitas de sexo foram de fato filmadas em cada ocasião separada por Jeffery (sic)”.

Segundo Ransome, que acusa Epstein de ter abusado dela quando era aspirante de modelo, diz em uma mensagem que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump teve relações sexuais com uma amiga na casa de Epstein em Nova York. Ela afirma que conhecia uma pessoa com posse dos vídeos, dos quais teria feito cópia.

No entanto, nenhuma evidência dos registros veio à tona, até o momento. Os quatro homens citados por Ransome negam qualquer irregularidade ou envolvimento criminal com o caso Epstein.

Um porta-voz do Virgin Group, cujo dono é Richard Branson, disse na segunda-feira que "as alegações de Sarah Ransome são infundadas e infundadas". Já o porta-voz de Trump, Steven Cheung, destacou que as afirmações de Ransome sobre o ex-presidente eram “infundadas”.

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